Filho de Alexandre Magno Aducci e Hortência do Livramento Aducci, nasceu na cidade de Desterro aos 8 de fevereiro de 1884. Seu avô materno, Joaquim Augusto do Livramento fora Presidente da Província de Santa Catarina, no período imperial.
Foi casado com Alaíde Pereira Alvim Aducci, irmã de Luciana, mulher de Felippe Schmidt.
Após os estudos fundamental e médio, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, em 1903, onde recebeu o título de bacharel em 1907. Já em 1911 era nomeado Promotor Público de Palhoça, em nosso estado.
Incentivado pelos amigos ingressou na política fazendo parte do Partido Liberal Catarinense. Tornou-se uma das principais lideranças liberais da época. Candidato, foi eleito deputado estadual para as seguintes legislaturas: Sétima (1910-1912), Oitava (1913-1915), Décima (1919-1921), Décima Primeira (1922-1924) e Décima Segunda (1925-1927).
A convite do governador Felippe Schmidt exerceu o cargo de Secretário Geral do Governo, de 1914 a 1918. Seria, na leitura de hoje, a chefia da Casa Civil da administração estadual.
Representou o povo de Santa Catarina, na Câmara Federal, na Décima Terceira Legislatura (1927-1929) e na seguinte, Décima Quarta (1930-1932), dissolvida pela Revolução de 1930.
Fúlvio Aducci encerrou o período conhecido como República Velha, exercendo o cargo de chefe do Poder Executivo com a denominação de Presidente do Estado. Dali pra frente – depois das interventorias que o chamaram de Interventor - o cargo passaria a ser denominado Governador do Estado. Foi eleito para o período compreendido entre 1930 a 1934. Tomou posse dia 29 de setembro de 1930. Transmitiu-lhe o cargo o Presidente do Congresso Representativo Catarinense deputado Antônio Vicente Bulcão Vianna.
Todavia, a 25 de outubro daquele ano deposto pela Revolução de 1930, vindo a renunciar.
Nesse momento transferiu o governo a uma Junta Governativa Militar composta pelos Generais Acastro de Campos e Otávio Valgas Neves e pelo Capitão de Mar e Guerra Henrique Melquíades Cavalcanti. Essa Junta permaneceria no comando da política administrativa de Santa Catarina apenas algumas horas, sendo substituída pelo Interventor Federal General Ptolomeu de Assis Brasil.
Fúlvio Aducci governou menos de um mês.
Transferiu residência para a cidade do Rio de Janeiro, retornando pouco tempo depois. Concomitantemente ao exercício da advocacia, foi professor de Direito Civil da Faculdade de Direito de Santa Catarina chegando a dirigir o referido estabelecimento de ensino superior.
Presidiu a Ordem dos Advogados do Brasil, seção de Santa Catarina.
Foi diretor da Caixa Econômica Federal e do Instituto Politécnico de Florianópolis, primeira instituição de ensino superior de nosso estado.
Fundador da Cadeira 20 da Academia Catarinense de Letras.
PTOLOMEU DE ASSIS BRASIL
Interventor Federal em Santa Catarina – 25 de outubro de 1930 a 26 de outubro de 1932.
Gaúcho de São Gabriel, nascido a 26 de março de 1878, membro do Exército tornando-se Praça em 1894. Em 1922 ostentava as estelas de General.
Na Revolução de 30 foi designado para comandar um Batalhão a fim de invadir Santa Catarina e destituir o Governador Aducci que insistia em resistir aos revolucionários. Fúlvio Aducci se viu forçado a renunciar ao cargo entregando-o ao General que, horas depois era designado Interventor Federal em Santa Catarina pelo Presidente da República Getúlio Vargas.
Assis Brasil governou até 1932 quando entregou o cargo ao Major Rui Zobaran, seu meio-irmão. Foi alvo de toda a oposição àquele regime de exceção.
RUI ZOBORAN
Interventor Federal em Santa Catarina - 1932
Nascido em São Gabriel, Rio Grande do Sul. Fez carreira militar. Como capitão foi chefe do Serviço de Engenharia da Cavalaria. Em 1924 chefiou um movimento revolucionário, no Rio Grande do Sul, o qual fracassou e praticamente obrigou Zoboran a se refugiar no Paraguai, depois Argentina e, finalmente, no Uruguai. Em 1932 foi designado Interventor Federal em Santa Catarina, substituindo Assis Brasil. Com forte oposição dos catarinenses governou a terra barriga-verde de 26 de outubro a 25 de novembro de 1932. Foi obrigado a renunciar, retornando ao Rio Grande do Sul onde comandou o 9º Regimento de Cavalaria, em São Gabriel.
Bibliografia: Corrêa, Carlos Humberto, Os Governantes de Santa Catarina de 1739 a 1982, Editora da UFSC, 1983; Arquivo Público de Santa Catarina; Wikipédia, Internet; Governo do Estado de Santa Catarina.
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