Um casal paranaense mudou de vida, largaram seus empregos, compraram uma kombi e decidiriam percorrer o todo litoral brasileiro. Se percorrerem o que prometem, serão mais de 6 mil quilômetros no fim da jornada, que não tem data para terminar, mas que começou no Rio Grande do Sul.
“Passamos por Tramandaí, fomos para Imbé, Capão da Canoa e depois Torres, agora estamos subindo, ontem passamos por Balneário Gaivota e agora no Rincão”, contou Fernando Gaio. “Nossa ideia é fazer todo o litoral brasileiro”, confirmou o aventureiro, que não teve medo de largar o emprego que tinha.
Eles dirigem a Gertrudes, uma kombi fabricada em 1995, que serve como meio de transporte e casa para a dupla paranaense. Para sobreviverem vendem alfajor por R$ 10,00 cada, além de recursos que tinham guardado na poupança. A viagem começou no dia 22 de dezembro, saindo de Pato branco até Igrejinha (RS), viagem que levou 13 horas.
“Compramos a kombi do jeito que tava. Na mecânica, tinha bastante peças novas. Fizemos a revisão antes de sair e gastamos bem pouco, viemos andando num ritmo de 60 a 70 km/h. É uma kombi de 1995”, contou Fernando, que é o responsável peal produção dos doces.
A inspiração para a viagem
Laís Krutqueviski tinha um emprego consolidado, mas queria algo novo para sua vida, o que ela encontrou com Gertrudes e com o namorado. A viagem de kombi foi motivada por acidentes de moto, que deram uma nova visão sobre a rotina que tinham.
“Sofremos acidentes de motos há alguns anos, eu era funcionária pública e comecei a pensar na minha vida. Nos conhecemos e começamos a namorar, ele teve um acidente de moto também, era programador e não estava contente, então começamos a buscar uma nova forma de viver, então alguém, deu essa ideia durante um jantar”, disse.
E como é a Gertrudes?
A kombi foi comprada de um artista, assim, já contava com adaptações, até mesmo com um palco sobre o teto. O casal também deu seu jeito, acrescentando armários, canecas no mesmo tom, além de frigobar, cama de veludo e porta trecos.
“Tem o banheiro também, temos um vaso portátil”, contou Fernando. “Temos dois galões de 20 litros, um para água limpa e outro para água suja”, completou.
Um problema que enfrentam é o preço da gasolina, na casa dos R$ 4,40, ainda mais cara no estado gaúcho. “Como ficamos parados nas praias que a gente gosta, não gastamos tanto de combustível, mas no Rio Grande está bem mais caro do que aqui”, contou.
A kombi tem ainda um extensor, que ajuda durante as noites, no momento de dormir. E com ela pretendem ir além das divisas estaduais. “Nosso objetivo é fazer todo o litoral brasileiro e depois Mercosul. Não temos uma data para parar, estamos em casa então não tem porque bloquear”, citou Laís.
Quem quiser acompanhar a jornada do casal junto com a Gertrudes, pode seguir o Instagram Espirito Livre 95, o ano de fabricação do veículo.