Em três anos, a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) planeja ampliar a sua cobertura na região Sul de Santa Catarina para 70%. A previsão é do novo presidente do órgão, Laudelino de Bastos e Silva, que foi empossado no cargo na última sexta-feira (24).
"Nós vamos fazer uma ampliação de 50% da produção atual, R$ 53 milhões em investimentos estão sendo previstos para a região e uma nova adutora trazendo água para as cidades", afirma. Com a mudança, será possível transportar 900 litros de água por segundo.
"A nova estação de tratamento na Próspera que, em seis meses, vamos ampliá-la para quase 110 litros por segundo, mais R$ 70 milhões de investimento. Hoje, nós estamos com uma cobertura na região Sul de 46%, a nossa previsão é chegar em 70% em três anos e depois a 90% em 2033", acrescenta o presidente.
Falta de água
O desabastecimento de água tem sido um problema frequente nas cidades da região. Sobre o assunto, o presidente disse que a 'idade' das tubulações pode ser um problema e esta possibilidade está sendo estudada pelo órgão. A Casan também trabalha para identificar redes com vazamentos.
"Estamos com dois projetos em andamento na parte de operações. Uma delas é o geofonamento, uma espécie de equipamento ultrassônico que verifica a qualidade das redes, tanto de distribuição quanto dos ramais que ligam dentro das casas", comenta. "Além disso, estamos identificando quais são as redes que apresentaram, nos últimos cinco anos, maior índice de vazamentos para fazer substituições", acrescenta.
Tarifa de esgoto
A modalidade de cobrança da tarifa de esgoto é outro assunto tratado com frequência. Bastos esclarece que o responsável por estabelecer as regras de cobrança tarifária é a agência reguladora e não a Companhia.
"Não existe hoje no mercado nenhum hidrômetro ou tipo de registro que possa mensurar a quantidade de esgoto lançada na rede de tratamento. Por isso, utilizamos como referência o valor relativo ao consumo de água", explica.
"Nós cobramos 100% de um valor estabelecido pela agência reguladora. Se houver uma redução para 80%, o valor, automaticamente, vai aumentar pelo metro cúbico. Nós vamos ter que pagar os custos do sistema de esgoto que é maior do que o sistema de água", complementa o presidente.