Um caso de racismo, envolvendo estudantes de uma escola particular e uma municipal de Criciúma foi denunciado pelo Coletivo Chega de Racismo. O episódio aconteceu em um amistoso de vôlei entre as duas instituições, após a partida duas alunas da escola particular postaram um vídeo de cunho racista em suas redes sociais. Um boletim de ocorrência já foi registrado e a polícia passa a investigar o caso.
Confira a nota do Coletivo Chega de Racismo:
O episódio gerou forte repercussão e levou o colégio a adotar medidas imediatas. Em nota oficial, a instituição afirmou ter aplicado suspensão às alunas envolvidas e exigido uma retratação.
A mãe de um dos estudantes alvos de racismo, acredita que não se pode mais tolerar atitudes como essa. " O meu sentimento é um misto de dor com revolta! Pois as crianças foram jogar um amistoso na escola, não ofenderam ninguém e não fizeram nada de mal para elas. Até quando passaremos por isso? Inaceitável que em 2024 alguém ainda passe por isso, fico sem palavras, e a única coisa que eu quero é justiça", ressaltou Kenia de Souza Lúcio.
O colégio se manisfestou publicamente por meio de suas redes sociais; confira a nota:
Colégio Michel, como instituição educacional protetora dos direitos das crianças e adolescentes, que tem como missão “educar com amor para o desenvolvimento integral do ser humano” e como princípio pedagógico “educar para a vida, fazendo com que o estudante se desenvolva em todos os sentidos”, vem a público manifestar seu total repúdio ao lamentável fato ocorrido na data de 11 de novembro de 2024, que envolveu duas de suas estudantes, em um amistoso de voleibol com alunos de outra instituição.
Na ocasião, após o amistoso, uma das alunas envolvidas postou, em sua rede social, um vídeo discriminatório contra alunas da outra escola, proferindo palavras de cunho injurioso e racista.
Tão logo tomou conhecimento do fato ocorrido, o Colégio Michel adotou todas as providências disciplinares cabíveis para com suas alunas, incluindo a retratação formal junto às alunas que foram ofendidas.
Destaca-se que, muito embora, a retratação seja o mínimo a ser feito sobre o caso, ela não resolve o problema dos atos discriminatórios proferidos a quem quer que seja.
É inaceitável que, até os dias atuais, existam casos como o ocorrido. Infelizmente, inferiorizar o outro por conta da cor de sua pele ainda é caso recorrente em nosso país. Assim, o Colégio Michel entende que, não basta apenas punir, mas – e principalmente – conscientizar e educar para que essas situações não mais ocorram.
A escola explora, cotidianamente o assunto a seus alunos, responsáveis e colaboradores, por intermédio de palestras e inserção do tema em suas práticas pedagógicas diárias, reafirmando seu compromisso com uma sociedade livre do preconceito.
Direção Escolar