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A Cata Terroirs nasceu em 2019, da sociedade entre um catarinense e um carioca apaixonados por vinhos. No Nomes & Marcas deste sábado (27), Eduardo Strechar, enólogo e sócio da vinícola, contou mais sobre a sua trajetória e a da marca.
Strechar é natural de Curitiba, no Paraná, mas desde pequeno mora em Florianópolis. A paixão pelo universo dos vinhos surgiu em um intercâmbio para a Austrália - onde teve que trabalhar em uma vinícola para pagar as despesas enquanto estudava inglês.
"Eu fui para a cidade de Margaret River estudar inglês, eu não tinha noção, mas é uma cidade extremamente pequena, tem cinco mil habitantes e diversas vinícolas lá. Enquanto eu estudava, precisava trabalhar para pagar as minhas contas e, então, comecei a trabalhar nesses locais. Fiz todos os processos até a colheita", relembra.
Um dos motivos pelo qual a paixão se acentuou, foi o fato de que as vinícolas da cidade ficavam próximas ao mar - outro local adorado por Strechar. A união de vinhos e da praia despertou seu interesse.
"Na Austrália, eu acabei conhecendo gente do mundo inteiro, porque era super comum eu estar trabalhando no vinhedo e, de repente, ter um francês ou um italiano na minha frente. Eles viajavam para trabalhar nos vinhedos", acrescenta o enólogo.
Com o interesse em vinhos, Strechar procurou um curso ainda na Austrália e, depois, foi para o Chile. "A gente escutava que lá era a terra sagrada do vinho, um lugar muito especial por todas as barreiras naturais que têm", pontua.
Desde o interesse pela viticultura, o enólogo buscou se especializar até ter a própria marca.
A Cata tem alguns significados: do português, busca e procura; do espanhol, degustação e prova; e do apelido afetivo em homenagem a Santa Catarina. O projeto consiste em utilizar uvas de diferentes terroirs, de acordo com o ciclo da videira. Isso permite que, dependendo de cada safra, novos vinhos sejam lançados.
"Todos os enólogos aqui no Brasil, não só eu, mas todas as vinícolas, têm feito vinhos excelentes e o saldo de qualidade que a gente teve nos últimos anos é muito bom. A qualidade dos produtos nacionais está muito boa. Temos acesso à tecnologia e a insumos de diversas parte do mundo", finaliza.
