Chapecó, no Oeste catarinense, se consolidou como um exemplo nacional quando o assunto é segurança nas escolas. Uma das medidas adotadas pelo Município foi a instalação de detectores de metais na entrada das instituições e cercamento. O investimento, feito com recursos próprios, deve chegar a R$ 7 milhões. Para falar sobre o tema, o prefeito João Rodrigues concedeu entrevista no Plenário da Rádio Som Maior, na manhã desta sexta-feira (28).
"Depois que nós tivemos aquela tragédia em Saudades, que é aqui do lado de Chapecó, eu determinei que a gente começasse a agir, sem esperar o próximo episódio. Até porque nós temos relatos na rede pública de que poderiam ter ocorrido novas tragédias pelo comportamento de alguns adolescentes", destacou o prefeito.
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Assim, no primeiro momento, foram criados cinco núcleos multidisciplinares, composto por profissionais de assistência social, psicologia e psicopedagogia, além do coordenador. "O professor, em sala de aula, identifica um comportamento diferente do aluno e já encaminha para essa equipe, que já conversa com o adolescente e chama a família para ver qual é o problema", explica.
Além da entrada com detector de metal, Chapecó investiu em sirenes e botões de pânico, bem como na contratação de vigias e policiais aposentados. "Por que no banco, para proteger joia e dinheiro, você coloca uma porta que não entra nada, mas, na escola, nem porta tem? Qual é a razão? Onde está o bem da gente? É na escola. Iniciamos esse processo. Nos primeiros quinze dias, deu muito transtorno por causa da fila. Nós fizemos a ajustagem da porta. E hoje funciona maravilhosamente bem", ressaltou Rodrigues.