Nas próximas semanas e meses, o frio que sempre marca forte presença no Sul catarinense durante o outono e inverno deve começar a aparecer. Por isso, intensificam-se ainda mais os apelos de projetos sociais por peças que possam aquecer famílias carentes durante o período mais gelado do ano na região. Como no caso da Caixa Solidária, que reforça o apelo por doações, principalmente, de cobertores e roupas masculinas e infantis.
São 110 caixas solidárias espalhadas no Sul catarinense, sendo 60 em Criciúma e, uma dessas, no Criciúma Shopping, que é parceiro da iniciativa. “Para o inverno, o que às vezes acaba faltando são cobertores, roupas infantis e masculinas. Em relação às roupas femininas, sempre recebemos bastante, mas em alguns casos faltam peças em numerações maiores”, explica o coordenador do projeto Caixa Solidária, Mateus Rossi.
Em média, são recebidas 20 toneladas mensais de doações. Deste total, de acordo com Rossi, normalmente 60% acaba sendo encaminhado para reciclagem, por não ter condição de uso, e os outros 40% são encaminhados às famílias carentes, de acordo com as requisições da Assistência Social e instituições parceiras do projeto.
“Conforme essas requisições, montamos kits para completar a necessidade de determinada família, com peças que realmente sirvam e que serão bem utilizadas. Depois, encaminhamos os kits para a Assistência Social, que entrega para a família que precisa”, completa o coordenador da Caixa Solidária.
Confiança no projeto
Já consolidada na região, a Caixa Solidária tem recebido apoio de inúmeras empresas e organizações, como no caso do Criciúma Shopping, que há anos cede espaço para um equipamento do projeto coletar doações, logo na entrada principal do empreendimento.
“Sempre buscamos nos fazer presentes na comunidade em que estamos inseridos. E participar da Caixa Solidária faz muito sentido neste cenário, uma vez que confirma nosso papel social, de suporte às ações que atuam em prol dos que mais precisam”, avalia o superintendente do Criciúma Shopping, Edmilson Martins.
Os impactos da pandemia
A pandemia da Covid-19 também aumentou o número de pedidos, principalmente os vindos do Centro Pop e Casa de Passagem de Criciúma, para atendimento a moradores de rua. Nesses casos, a maioria dos necessitados é do sexo masculino, ampliando ainda mais a necessidade por doações desse tipo.
“De forma geral, 75% das doações que chegam são roupas de mulheres, 15% de homens e 10% de crianças. Ou seja, já recebemos menos roupas masculinas e muito do que chega vai para descarte, por serem peças praticamente no fim de sua vida útil. Assim, roupas masculinas são sempre necessárias”, argumenta.
Novas ações
Em função também da pandemia, a Caixa Solidária também precisou inovar. Agora, pessoas que possuam doações, mas tenham receio de sair de casa, podem entrar em contato com o projeto, que carros da empresa Plano B – um aplicativo de mobilidade de Criciúma – irão buscar as roupas no endereço apontado. “Qualquer pessoa que utilizar os serviços da Plano B pode até deixar as doações no carro, que eles entregam para a gente”, afirma Rossi.
E além do bazar físico, localizado na sede do projeto, um brechó online será lançado em breve, com peças mais exclusivas e preço acessível para quem quiser colaborar.
Mais informações podem ser obtidas pelo site da Caixa Solidária: www.caixasolidaria.com.br.