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Como Santa Catarina pode combater casos de estelionato virtual

Estado lidera ranking de golpes financeiros por meio eletrônico no Brasil, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública

Por Stefanie Machado Criciúma, SC, 23/07/2023 - 15:29
Foto: Reprodução/Internet
Foto: Reprodução/Internet

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Santa Catarina lidera o ranking nacional de estelionato por meio eletrônico. O estado passou de 42,9 mil registros em 2021 para 64,2 mil no ano seguinte, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, publicado nessa quinta-feira (20). Os números indicam um crescimento de 49,4% e representam 32% de todos os casos notificados no Brasil. Diante desse cenário, como os catarinenses podem combater golpes virtuais?

De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil de SC, Ulisses Gabriel, grande parte do dinheiro sai de Santa Catarina e vai para São Paulo, Rio de Janeiro, norte e nordeste do país. "Traçamos uma estratégia dentro de um planejamento no sentido de atuarmos no combate ao crime em diversas frentes. A primeira situação foi o reforço da delegacia de defraudações de DEIC. Ela passou por uma reestruturação do efetivo, melhoria do parque tecnológico e também estruturação de viaturas", comenta. 

Inclusive, o setor de defraudações da Diretoria Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil (DEIC) é que mais faz ações fora de Santa Catarina. "Vimos uma outra necessidade que foi a estruturação de um setor de análise financeira dentro da Diretoria de Inteligência. Porque esses criminosos fazem movimentações financeiras. Através de relatórios de inteligência financeira, nós começamos a identificar movimentações desses indivíduos que praticam estelionato", acrescenta Ulisses. 

Só no primeiro semestre de 2023, três grandes operações foram desencadeadas com base nos dados obtidos. Ainda, foram criados um cyber laboratório para monitorar dark web e deep web e uma delegacia de combate a estelionatos, que começou a operar em Florianópolis e deve ser instalada em Joinville e Blumenau. A medida deve atingir 1,5 milhão de habitantes dessas cidades. Com as novas ações, as ocorrências diminuíram 10,7% em relação ao ano anterior, segundo o delegado-geral. 

A Polícia Civil de SC está firmando um acordo de cooperação técnica com as demais polícias do país, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o Banco Central. "Na hora que o cidadão chega na delegacia e é identificado que foi estelionato, vamos encaminhar um expediente para a Febraban e para o Banco Central. Automaticamente, eles farão o bloqueio cautelar das contas que receberam e das seguintes que registraram onde ocorreu o repasse de valores", explica. 

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