Como será o comportamento do consumidor pós coronavírus?

Com o surto do novo coronavírus e os decretos de quarentena e suspensão de atividades em muitos países, inclusive no Brasil, as pessoas se viram obrigadas a achar outros meios de consumir os seus produtos. Alguns já estavam acostumados com os deliverys e as compras online, mas outros precisaram aprender a se adaptar ao mundo digital para não ficar para trás - uma tendência que deve permanecer para além do coronavírus.

De acordo com o professor mestre em administração de empresas, Jackson Citadin, o consumidor já vinha em uma tendência mais digital e sustentável nos últimos anos, mas ainda faltava algo para que isso passasse a ser visto como essencial por clientes e empresas. “O coronavírus vem ratificar e acelerar essa mudança. Existia uma parte de consumidores ainda mais tradicionais que não eram adeptos à tecnologia. Com a questão do coronavírus, percebemos que as pessoas tiveram que usar na marra”, comentou.

Uma vez que as pessoas tiveram que se adequar ao mundo de consumo digital e perceberam a praticidade que é comprar ou realizar operações online, estas tendem a continuar por este mesmo caminho no futuro. Com isso, cada vez mais as empresas terão que investir e se adequar ao mundo digital, a fim de acompanhar e também tornar mais fácil a compra do cliente.

Mas isso não significa que as tão consagradas e necessárias físicas irão “morrer”. “O que o varejo e as lojas físicas irão precisar fazer é gerar grandes experiências. As pessoas vão querer continuar a ir nas lojas, assim como também farão as compras online, mas é preciso gerar boas experiências. Um bom atendimento, com carinho e que facilite as compras”, pontuou o professor.

Diferente deste período, em que muitos dos comércio recém abertos estão tendo uma procura não tão grande de clientes, a tendência é que as pessoas consumam tanto quanto antes após a crise do coronavírus. “As pessoas estão loucas para sair de casa. Quando isso acabar, elas vão querer voltar a consumir, ir ao restaurante, comprar uma jóia, o que for. O comportamento do consumidor tem muito a ver com o psicológico dele, e vemos muitas pessoas tristes em suas casas”, concluiu.