É chamada de ectópica a gravidez de um bebê que se desenvolve fora do útero. Ela é a principal causa de morte da mulher durante o primeiro trimestre da gestação, assim como está entre as maiores causadoras de aborto.
“Esse tipo de gravidez é a que mais pode trazer complicações perigosas para a mulher, pois a tuba é finíssima e não suporta o crescimento do embrião, podendo romper e causar hemorragia”, explica o ginecologista e cirurgião, Dr. Edvaldo Cavalcante.
Em 98% dos casos, a implantação acontece nas tubas uterinas, recebendo o nome de tubária. O embrião não consegue se desenvolver, porém, ameaça a vida da mulher, dessa forma é fundamental um rápido diagnóstico. Ainda não se sabe exatamente a origem do problema, porém, alguns sinais alertam para a sua ocorrência.
“Em uma gravidez normal, depois que é fertilizado, o óvulo percorre a tuba uterina para alcançar o útero, onde ele se abriga e se desenvolve. Na gravidez ectópica, a implantação pode acontecer em outros lugares que não na parede uterina”, afirma o médico.
As doenças sexualmente transmissíveis, como a clamídia, é responsável por ao menos metade dos casos, pois aumenta a produção de uma proteína danosa. As mulheres que já passaram por situação como essa tem entre 10% e 25% de chance para ocorrer novamente.
As fumantes possuem quatro vezes mais possibilidades de ter gravidez ectópica. Parece estranho, mas em alguns casos a fertilização in vitro pode dar errado, e o embrião se instalar nas tubas. A idade da mulher também influencia na incidência do problema.