A Unimed vem nos últimos dias disponibilizando testes rápidos do coronavírus à população criciumense. De acordo com o presidente da cooperativa médica de Criciúma, Leandro Avany Nunes, de 350 coletas já realizadas, 27 deram positivo - o que implica em uma relação de 7,9% de infectados.
A porcentagem de pessoas positivas para Covid-19 aumenta quando são incluídos também os pacientes internados, passando de 7,9% para 10,95%. “Temos 200 mil habitantes no município, se 5% ou 10% já tem contato com o vírus, já temos aproximadamente 10 a 15 mil pessoas que, de alguma forma, entraram em contato com o vírus e já desenvolveram anticorpos”, destacou Avany.
Na visão do doutor, os dados são positivos e os decretos de isolamento social completo e fechamento de atividades foi essencial para que houvesse um certo controle. Da mesma forma, Avany acredita no retorno gradual das atividades. “A Unimed chegou a ter 22 em enfermaria e 7 em U.T.I. Hoje temos somente um paciente na U.T.I e cinco internados, sendo dois negativos mas que aguardam mais testes. No centro da saúde complementar, que é a nossa responsabilidade, aparentemente a doença ‘passou’. A curva foi achatada”, pontuou.
A projeção do presidente da Unimed é que o efeito da abertura do comércio em Santa Catarina, sobretudo em Criciúma, mostrará os seus efeitos relacionados ao novo coronavírus até o próximo domingo. “Antes tínhamos pacientes contaminados em cruzeiros e viagens em grande maioria. Agora é o momento em que a periferia do município entrou em contato, os bairros entraram em contato com o centro, e acredito que isso passou. Agora vamos conviver com o Covid, vai ter internações, pode ter um ou outro caso grave, que devem aparecer de 10 à 14 dias”, afirmou o doutor.
Leandro ressalta ainda que, com a chegada do inverno, naturalmente irá aumentar o número de pessoas internadas ou doentes por conta de problemas respiratórios, mas não necessariamente terá algo relacionado ao novo coronavírus.