Já faz mais de um mês que o governo italiano declarou o início da quarentena no país, que hoje é o segundo com o maior número de mortes por coronavírus em todo o mundo. Além dos mais de 22 mil mortos, a Itália também conta com quase 170 mil casos confirmados da doença. Apesar dos óbitos diários se manterem altos, entre 500 e 600, o número de novos registros da doença vem caindo - e algumas mudanças começam a acontecer.
A administradora de empresas Jéssica Menegali, criciumense, está morando na região italiana de Piemonte desde novembro do ano passado. Apesar da melhora dos dados, ela destaca que poucas mudanças estão começando a acontecer. “Há a pressão das indústrias para o retorno das atividades econômicas, poucos setores já foram liberados, mas bem específicos. A quarentena foi prorrogada até 3 de maio, a princípio”, pontuou.
Além dos serviços essenciais como farmácias e supermercados, os quais nunca deixaram de funcionar nesse meio tempo, alguns outros estabelecimentos também foram liberados para abrir a partir da última terça-feira, 14, Bibliotecas, papelarias, lojas de roupas infantis, floriculturas, madeireiras e serviços de agricultura são alguns dos setores que já retornaram às atividades - mas ainda com restrições.
Na cidade em que a administradora mora, pela ausência de casos de Covid-19 nos últimos tempos, às pessoas já podem ir as ruas - mas com restrições. O caso difere de muitas das cidades italianas, que ainda tem a quarentena obrgitário imposta, com saída apenas para busca de serviços essenciais. Jéssica destaca que desde o início do mês já existem mais pessoas pelas ruas, andando pela cidade de um lugar para o outro - mas não se aglomerando e nem estando na rua simplesmente por estar.
“O prefeito liberou a circulação de pessoas, mas todos com os cuidados necessários, máscaras, luvas e evitar aglomerações. Continua restrito a entrada de no máximo duas pessoas em mercados, farmácias e lojas alimentares”, disse.
A falta de algumas mercadorias, a qual assustou alguns europeus no início do surto da pandemia no continente, já não é mais comum na Itália. “Está tudo normal. No máximo, falta alguns produtos específicos em um dia em mercados pequenos, mas em até dois dias já está abastecido novamente”, concluiu.