Dia 20 de março de 2020. O coronavírus já havia chegado ao Sul de Santa Catarina e as pessoas começavam a conhecer aquele vírus que se espalhava pelo mundo.
Naquele dia, há exatamente um ano, Criciúma tinha a confirmação dos dois primeiros casos.
Era uma mulher de 37 anos de idade que tinha viajado para Orlando, nos Estados Unidos. Ela havia retornado no dia 16 com tosse e outros sintomas característicos da Covid-19, sendo submetida a exame, que deu a confirmação do diagnóstico.
Naquele mesmo 20 de março, a Vigilância Epidemiológica de Criciúma confirmava o segundo caso. Outra mulher, esta de 59 anos, que por sua vez, não tinha registros de viagens ao exterior.
A maior cidade do Sul de Santa Catarina passava a ver o vírus de perto.
Neste período, muita coisa aconteceu e, neste que é considerado o pior momento da pandemia, o secretário Municipal de Saúde, Acélio Casagrande, utiliza uma palavra para tentar traduzir o último ano. “Angústia. um ano de angústia. Haviam momentos que pareciam que tudo estava melhorando. Foi um ano muito difícil que, a cada dia, a cada momento, a gente buscou ter criatividade, perseverança, sempre dizendo para a população que teríamos altas e baixas. Este é o pior momento de todos”, fala.
Criciúma foi a primeira cidade da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec). A segunda foi Içara com um teste positivo no dia 22 de março, quando a maior cidade da região já somava oito casos. Um mês depois, em 20 de abril, Criciúma já somava 69 casos. Além da maior cidade da Amrec e de Içara, neste dia somente Balneário Rincão, Cocal do Sul, Forquilhinha, Lauro Müller e Treviso ainda não haviam registrado casos.
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Começo de ansiedade
Acélio Casagrande lembra do medo do desconhecido enfrentado há um ano. “No início a gente não conhecia a doença. Teve aquela ansiedade por não conhecê-la e agora ansiedade por ver pessoas buscarem assistência e não ter. Em janeiro esperávamos uma onda alta, mas o que vimos foi uma diminuição, então prevalece a angústia em muitos destes momentos de evitar a doença, a internação, a UTI e o óbito”, cita.
O secretário de Saúde de Criciúma salienta também que não se imaginaria viver em uma pandemia durante um ano. “Mas continuamos com ela ativa e surpreendendo para pior que é a mutação que é o que nos preocupa muito. Esperar que as vacinas cheguem o mais rápido possível e que se consiga diminuir a transmissão com todas as formas possíveis. Esperar e ter os cuidados para que os números comecem a diminuir”, conclui.