O Instituto Butantan divulgou uma nova pesquisa sobre o a vacina contra a Covid-19 CoronaVac. Através do seu site e das suas redes sociais, o Instituto comunicou que o imunizante tem eficácia contra duas variantes que circulam pelo Brasil. São elas a P1, que surgiu no Amazonas, e a P2, surgida no Rio de Janeiro.
Os estudos também apresentam que a vacina possui eficácia geral de até 62%, ou seja, para todos os níveis de gravidade. E até 83% de eficácia para casos de nível moderado. Estes índices são maiores dos que os verificados nos primeiros estudos, que foram divulgados entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, e traziam eficácia geral de 50,3% e 78% de eficácia para casos moderados.
Segundo a publicação nas redes sociais, o novo estudo contou com quase 13 mil voluntários e foi aplicado entre 21 de julho e 16 de dezembro de 2020.
Além disso, o estudo mostrou que o prazo para a tomar a segunda dose, que traz maior eficácia, é de 21 dias ou mais após a primeira. Inicialmente o recomendado é de que a segunda aplicação seja feita de 14 à 28 dias após a primeira dose.
A eficácia contra as variantes
Em seu site o Instituto explicou como funciona o imunizante e porque ele tem maior chance de ser eficaz contra variantes.
As vacinas compostas de vírus inativado, como a CoronaVac, possuem todas as partes do vírus. Isso pode gerar uma resposta imune mais abrangente em relação ao que ocorre com vacinas que utilizam somente uma parte da proteína Spike (utilizada pelo coronavírus para infectar as células). Como a CoronaVac possui uma proteína Spike completa, pode levar a uma proteção mais efetiva contra as variantes que apresentam mutação nesse elemento.
Confira a publicação na rede social:
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— Instituto Butantan (@butantanoficial) April 11, 2021
Grande notícia. A vacina do Butantan contra Covid-19 protege contra as variantes P1 e P2, tem eficácia geral de até 62% e de até 83% para casos moderados, índices bem maiores do que os 50.3% e os 78% verificados nos primeiros estudos, divulgados entre dezembro e janeiro.
Estes são alguns dos dados que constam do estudo clínico final feito pelo Butantan sobre a Coronavac, enviados hoje para publicação em revista científica. A pesquisa foi feita com quase 13 mil voluntários entre 21 de julho e 16 de dezembro de 2020.
— Instituto Butantan (@butantanoficial) April 11, 2021
O estudo mostrou que a vacina é ainda mais eficaz quando a segunda dose é aplicada em intervalo igual ou superior a 21 dias da primeira. O Butantan não para de trabalhar para oferecer ao Brasil a vacina que mais está salvando vidas. #Podeconfiar #ÉdoButantan #VacinadoButantan
— Instituto Butantan (@butantanoficial) April 11, 2021