Apenas 140? Não, muito mais do que apenas 140 motivos para amar este orgulho de cidade!
Amo Criciúma, por exemplo, pela história da polenta de cada dia dos italianos, de seus descendentes e da população em geral que está acostumada à polenta nossa de todos os dias! Lá nos primeiros tempos nossos imigrantes fundadores plantavam o milho e moíam os grãos socados no pilão. Daí, um dos nossos primeiros industriais, Benjamim Bristot, projetou a nossa primeira atafona e foi encomendar as pedras, conhecidas como mós, lá em Rancho dos Bugres, interior do município de Urussanga. As pedras foram trazidas rolando por caminhos tortuosos e, não raras vezes, por picadas abertas em meio ao mato atlântico que cobria nossa região. Já na colina do São Simão os transportadores viram a vila e resolveram descansar encostaram as pedras num garapuvu e desceram à vila. Retornaram ao amanhecer do dia seguinte. E as pedras haviam sumido. É que ocorrera uma tempestade à noite, um raio atingiu aquela árvore e, do estrondo, as pedras rolaram morro abaixo, pelo lado de lá. Trabalho dobrado mas logo as mós já estavam na atafona do seu Benjamim e as polentas, dali pra frente, tiveram outro sabor.
Não é interessante? Como não gostar de uma cidade crescida assim?
Amanhã publicarei outras razões que me levam a amar este orgulho de cidade que, dia 6 de janeiro, completará 140 anos de existência.