140 motivos para amar Criciúma? Só 140? Pois então, amo Criciúma pelo desempenho de suas mulheres, e atrevo-me a afirmar, sem consulta a qualquer bibliografia, que, lá no início, nos anos 80 do século 19, elas foram a alavanca que deu coragem à italianada que, desesperada com o “status quo” da colonização, já pensava até em abandonar tudo e voltar para a Itália ou emigrar para a Argentina.
Imaginemos só, o colono voltando da mata, onde fazia a derrubada, ou da plantação de milho ou de feijão, desesperado pela perspectiva até sombria do dia de amanhã... Não fosse a palavra da mulher, transmitindo-lhe otimismo e “garantindo” que o futuro é dadivoso, e tudo partiria para o caos, tal o desânimo daqueles desbravadores...
Nas primeiras empreitadas, ela ombreou par-e-passo com o homem. É verdade que a história só fala dele. Mas é fácil ler nas entrelinhas que, se não fosse ela, o sucesso alcançado na colonização não seria contabilizado da maneira como o foi.
Ela cuidava dos afazeres domésticos, do quintal, do jardim... Ela encontrava tempo, ainda, para ajudar o marido na roça, para ensinar doutrina para as crianças, para ensinar corte-e-costura para as filhas.
Para as festas, o marido convidava os comensais e era ela quem cuidava da casa e da comida. E haja comida.
A participação da mulher na construção de Criciúma nos faz amar ainda mais este orgulho de cidade que, dia 6 de janeiro, completará 140 anos de fundação. Amanhã, um novo capítulo da participação feminina na edificação de Criciúma.
Cp 59: As mulheres que transformaram Criciúma
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