A prefeitura de Criciúma aplicará 500 testes rápidos de coronavírus, a partir desta segunda-feira, 20, de forma aleatória no município. A ideia vai ao encontro do projeto elaborado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), que testou 4 mil gaúchos para entender o avanço da epidemia em solo gaúcho. A medida em Criciúma conta com o apoio da Unesc e a coleta deve ser concluída até a quinta-feira.
"Com esses testes aleatórios, sem saber se a pessoa teve gripe ou não, vamos saber quem está assintomático e quem foi sintomático. Com essa pesquisa teremos a condição de fazer a avaliação de Criciúma, científica, técnica e aprovada pelo comitê da Unesc", explicou Acélio Casagrande.
Nesta segunda-feira, o reitor da UFPel, Pedro Curi Hallal, falou à Rádio Som Maior sobre o projeto da Universidade de testes em território gaúcho, que teve a primeira amostragem de que há oito vezes mais contaminados no Rio Grande do Sul do que os dados oficiais. Segundo o reitor, esses números podem auxiliar na construção de políticas públicas no combate à Covid-19.
Entender o nível de contaminação em cada região é importante neste sentido. "O objetivo maior é a questão de trabalhar com o indicador, vamos entender o nível de Criciúma em relação ao número de Covid-19. Será na cidade inteira, a secretaria de Obras forneceu um grupo colocado neste projeto, um percentual de bairro e região. É uma pesquisa com identificação de rua, bairro, toda cidade e idades serão contempladas", esclarece Acélio.
O secretário de Saúde de Criciúma confirma que a pesquisa da UFPel é semelhante com a que será realizada no município. "Talvez até melhorada em cima do que vimos lá, na questão de não deixar fora determinados grupos, pessoas e idade. Talvez consigamos fazer um pouco mais, mas tem semelhança sim", apontou Acélio.