Pelo baixo número de pessoas à procura da vacina bivalente contra a Covid-19, a Secretaria Municipal de Saúde de Criciúma quer realizar campanhas de vacinação. De 35 mil pessoas que estão aptas a tomarem a vacina, apenas duas mil se imunizaram.
De acordo com o secretário de Saúde, Acélio Casagrande, as notícias falsas envolvendo as vacinas são o principal motivo para a baixa procura. “Precisamos fazer uma campanha urgente explicando que a vacina é segura e não tem risco ou motivo para insistir em desafiar a ciência”, diz.
Após quatro semanas da segunda dose, as pessoas acima dos 60 anos estão aptas a tomarem a vacina bivalente. Todos os postos de saúde da cidade estão disponíveis para a imunização.
Segundo o médico pneumologista Renato Matos, o sucesso da vacina fez com que as pessoas não achem mais necessário se vacinar. O profissional explica que vê com frequência o desinteresse da população pela imunização.
“Ano passado, tinha uma senhora de 68 anos que falou que não iria tomar vacina e que iria tomar ivermectina. Ela foi infectada pela Covid-19, ficou internada 20 dias e morreu. Isso é um grande problema, as pessoas acreditam [nas notícias falsas] e isso está matando gente”, comenta o médico.
Ele também complementa falando que a vacina não é individual. “Quando eu não vacino meu filho que vai para a escola, não estou só colocando ele em risco. Esse meu filho não vacinado vai contaminar um amigo, que vai contaminar seu avô, que pode morrer. Vacina é uma situação coletiva, de empatia, explica Matos.