Nesse sábado é celebrado o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher, em homenagem às irmãs Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”. Elas lutavam por soluções para problemas sociais de seu país (República Dominicana), e foram perseguidas e presas, até serem brutalmente assassinadas por agentes do governo militar. Em Criciúma, haverá um ato no sábado (25), às 10h, em combate à violência contra as mulheres.
“Precisamos mudar a mentalidade, a mulher não é um objeto. Se não mudarmos a mentalidade, nunca teremos uma sociedade justa e igualitária”, afirmou a representante do Conselho de Direitos da Mulher e da ONG Movimento Mulher, Maria Doroteia Maçaneiro.
A violência doméstica, que acontece de várias formas e não somente fisicamente, pode trazer sérias consequências. E, na maioria das vezes, o agressor é o homem que elas mantêm um relacionamento. Apesar desse problema atingir cerca de dois milhões de mulheres no Brasil, apenas 63% delas denunciam a agressão.
“São violências de diversos tipos, as vezes cometidas por filhos. Na maioria das separações o homem não paga pensão. Existe a expressão ‘mãe solteira’, mas não existe ‘pai solteiro’”, disse Maria Doroteia.
O evento é aberto ao público e acontece na Praça Nereu Ramos. Maria Doroteia acredita que as mulheres não são incentivadas a ter independência financeira e que a sociedade cobra relacionamento para elas na idade adulta.
“Mulher muitas vezes tem acesso a empregos informais, ou mal remunerados. Grande parte das mulheres em idade economicamente ativa está em casa”, ressaltou a advogada Indaiá Pacheco, do Movimento Feminista.