Vida de auxiliar técnico de time de futebol é aquela história, quando a casa cai é ele quem aparece. É só a equipe passar por um momento ruim, o técnico é demitido e lá está o auxiliar pronto para assumir a função de técnico interino e apagar o incêndio. Tem sido assim a vida de Wilsão no Criciúma.
Com a queda de Doriva, de quem era o auxiliar, ele mais uma vez vai comandar o Tigre na beira de campo, neste domingo, contra a Chapecoense, no Estádio Heriberto Hülse, o que não é nenhuma novidade para o ex-zagueiro Tricolor. Essa não será sua primeira experiência Wilsão como treinador do time principal. Em 2010 ele assumiu o comando da equipe depois da saída de Itamar Schülle. “Foram 14 jogos pelo Campeonato Catarinense”, lembrou.
Em 2014, voltou a ser interino após a saída de Wagner Lopes. Fez um jogo pelo Campeonato Brasileiro da Série A e dois pela Copa Sul-Americana e, agora, vai comandar a equipe de novo. “Acima de tudo vou procurar fazer aquilo que estou preparado nessa função. Cada vez que surgir essa situação, estarei disponível para o clube precisar”, apontou.
Sempre uma responsabilidade
Como jogador, ele foi sete vezes campeão com a camisa do Tigre. Foram seis estaduais e mais a Copa do Brasil. Apesar de estar tranquilo com a missão deste fim de semana, Wilsão sabe o tamanho da responsabilidade de vencer com a camisa amarela, preta e branca.
“Sem dúvida nenhuma era muito diferente da época que eu era atleta. Cada vez que eu vesti esse manto, eu fiz o melhor possível. De treinador, mais ainda. A responsabilidade aumenta. Conheço todo mundo aqui. Temos a confiança do grupo e não tenho nenhuma dúvida que vamos fazer um grande jogo no domingo”, garantiu o técnico interino.
E a pressão é ainda maior. A equipe não vive um bom momento no estadual. “Nesse momento, vamos ser bem realistas. Sabemos que não é fácil. É uma trajetória difícil. O Criciúma hoje em sexto lugar, não está dependendo somente dele, porque estamos atrás. Mas é um jogo de cada vez”, comentou.
Contra a Chapecoense, vai ser a oportunidade de Wilsão levar a equipe a algo inédito neste ano, a vitória em um clássico. “Seria importantíssimo. Até hoje brinco que nem nos jogos de brincadeira eu gosto de perder. Então é sempre muito bom ganhar, principalmente vestindo a camisa do Criciúma”, disse.