Dados prévios sobre o Censo Populacional no Vale do Araranguá divulgados pelo IBGE mostraram que a população de cidades litorâneas da Amesc estão em crescimento. Em Passo de Torres, por exemplo, o crescimento foi de 94% de 2010 para 2022. Segundo o coordenador do IBGE na região, Sandriane Naspoline, o aumento se deve ao custo de vida mais atrativo, fazendo com que habitantes do Rio Grande do Sul migrem para as praias catarinenses.
“Nesses municípios de litoral já era esperado ter um bom crescimento, mas a gente não esperava que seria tão grande. Em Passo de Torres, praticamente dobrou a população. Em Balneário Gaivota e Arroio do Silva também se viu esse crescimento, só não em proporções tão altas”, salientou Sandriane.
Custo de vida atrativo resulta em números expressivos
Em Balneário Gaivota, o aumento foi de 8.234 (2010) para 15.353 habitantes (2022). No município de Balneário Arroio do Silva, 9.586 (2010) para 15.693 (2022). E, em Passo de Torres, município que apresentou maior índice de crescimento, 6.627 (2010) para 12.875 (2022), ou seja, 94,28% de aumento. Os números surpreenderam os recenseadores.
“O que tem acontecido: a gente ainda não tem os dados de migração, mas, pela nossa percepção, muitas pessoas migraram do Rio Grande do Sul para esses municípios, e também a questão da migração interna – dentro da nossa própria área”, explicou o coordenador do IBGE na Amesc. “Pelo que a gente conversou com o pessoal, passou-se a ter um custo de vida mais barato em Passo de Torres do que em Torres, então muitos acabaram se mudando”, acrescentou.
Regiões rurais também apresentaram crescimento
Outros municípios que se destacaram, fora da região litorânea, foram as cidade rurais de Santa Rosa do Sul (15,5%) e São João do Sul (23,4%), que tiveram um crescimento expressivo e inesperado. São áreas pequenas, que estão quase atingindo a população de 10 mil pessoas.
Em contrapartida, os municípios de Jacinto Machado, Timbé do Sul e Morro Grande são alguns dos que apresentaram pouco crescimento. Meleiro foi o único município da região que não apresentou crescimento de 2010 para 2022. Apesar disso, teve uma diminuição baixa de -0,86% de habitantes. De 7 mil pessoas passou a ter 6.740.
Coleta do Censo deve ser concluída até março
A coleta do Censo ainda não foi concluída, isto deve ser feito até o mês de março. Apesar disso, Sandriane frisou que, na região da Amesc, os números estão praticamente consolidados, então, até o fim da coleta, os dados apresentarão pouca mudança.