De Gravatal e Criciúma para o Rio de Janeiro, com interação com a Califórnia e Seattle. O Rock in Rio é um dos maiores festivais do mundo e seguramente o mais tradicional no certame brasileiro. Nesta edição de 2019, que começa no dia 27 de setembro, uma banda iniciada aqui na região Carbonífera estará no palco nacional do evento.
A Ponto Nulo no Céu é uma das cinco atrações do palco Supernova no dia 28. O vocalista Dijjy, de Gravatal, deu uma entrevista ao programa Ponto Final, da Rádio Som Maior, nesta quarta-feira, dia em que o line-up foi anunciado.
"Não tem como ficar não contente, é uma porta que a gente pode deixar aberta para outras oportunidades que podem surgir. Já tocamos em festivais para 6 mil pessoas, mas nessa dimensão é a primeira experiência. A expectativa é massa Estamos nos preparando desde que começaram as negociações. Quando chegar na hora é aproveitar e fazer o que a gente sabe de melhor", falou
Tocar no Rock in Rio parece uma boa oportunidade pra assistir os californianos do Weezer e do Red Hot Chillip Peppers, ou então acompanhar mais uma apresentação de Dave Grohl, iniciado no grunge de Seattle, e o Foo Fighters em solo brasileiro, certo? Não é bem assim. A Ponto Nulo no Céu é uma banda independente... "Seria bom se a gente pudesse prestigiar o festival inteiro, mas dia de show é uma loucura. Somos independentes, então a gente faz toda a função da banda. É sempre bem corrido e bem trabalhoso. Depois do show a gente consegue aproveitar um pouco. No dia que a gente vai tocar, não sei como vai ser a disposição dos horários, mas eu já dei uma olhada no line up em algumas coisas que vão acontecer no festival e separei o que eu gostaria de ver".
Fazem parte da Ponto Nulo no Céu, junto com Dijjy, o baterista Lucas Taboada, de Criciúma, o baixista Fau, que mora em São Paulo e o guitarrista Felipe Taboada, que hoje mora em Florianópolis. "A banda nasceu em Gravatal, onde moro hoje. A formação foi mudando, hoje cada um mora numa cidade. É complicado pra ensaiar, se encontrar", explicou Dijjy.
A banda segue uma linha alternetiva, entre o metal e o rock. "A gente gosta de falar que é um metal alternativo, ou um rock alternativo. É um rock mais pesado, mas a gente tem outras influências. Eu escuto samba, rap, reggae. Tudo isso vai sendo colocado na música, assim como outros integrantes que também ouvem outras coisas fora do rock. A gente sempre deixa o gênero mais abertosGosto de trabalhar as letras seguindo uma linha poética, trazendo para o rock., Admiro muito os poetas brasileiros, tento trazer isso para o rock, que constrói a nossa identidade", finalizou.