Demissão remota precisa ser feita da forma mais pessoal possível, diz especialsita

Em tempos de pandemia e home office, em que muitos profissionais trabalham em casa e longe do escritório como forma de prevenção ao coronavírus, o desligamento presencial acaba dando lugar à demissão remota. Com isso, frente a crise econômica enfrentada, muitas empresas estão tendo que demitir seus funcionários de longe, através de telefone ou videochamadas - o que precisa ser realizado com algumas atitudes e cuidados.

De acordo com o diretor de inovação e criatividade Igor Drudi, mesmo que remota, as demissões precisam ser feitas da forma mais pessoal possível. “Não se deve demitir alguém por texto, seja Whatsapp ou e-mail. Deve-se tratar como se a pessoa estivesse no escritório junto com você, é uma reunião e as coisas precisam ser bem esclarecidas”, pontuou Igor.

O diretor destaca que mesmo que a ação não possa ocorrer presencialmente, a qual é sempre a mais indicada em situações como essa, há de se manter e respeitar um “ritual”, em que as razões da demissão sejam muito bem explicadas e apresentadas em uma conversa franca com o profissional. “Não tente fazer nada que evite algum tipo de constrangimento, tentando se proteger atrás de um texto ou e-mail”, disse.

Devido a crise econômica enfrentada atualmente, em decorrência dos efeitos do novo coronavírus, muitas empresas estão tendo que demitir seus funcionários para manter o caixa necessário para funcionamento. A Rocket Content, uma startup nacional de marketing e conteúdo, demitiu 20% de sua equipe. Já a MaxMilhas, empresa de passagens aéreas, demitiu  42% do seu quadro de funcionários - mas tomando uma atitude de ajuda aos desligados.

“Se possível, uma orientação é dar uma ajuda aos profissionais que foram desligados. Na MaxMilhas, o próprio CEO se posicionou a respeito e está ajudando a posicionar os 167 profissionais que foram demitidos. Há uma lista na internet assinada por ele com o nome e contato de todos os profissionais, com ele chancelado esses trabalhadores para que outras organizações os contratem futuramente. É importante o comportamento da alta gestão frente a esse momento delicado e importante”, concluiu Igor.