O projeto de autoria do deputado estadual Jessé Lopes, o qual pede a suspensão dos decretos do governador e a implementação do isolamento vertical no estado, já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e aguarda pela resposta de Moisés. Agora, os deputados favoráveis ao projeto aguardam a resolução jurídica do novo decreto de abertura dos comércios de rua em Santa Catarina, para prosseguirem com a ação ou protocolarem um novo pedido.
Um dos apoiadores do projeto de Jessé, o deputado estadual Kennedy Nunes (PSD), defende o isolamento vertical no estado e discorda de muitas das atitudes tomadas pelo governador para o combate do coronavírus. “Sou defensor desde o início do isolamento vertical, um isolamento que a gente preserva as pessoas sob suspeita, aquelas que tiveram contato e as de idade de risco. Entendemos que precisamos aprender a conviver com o vírus”, pontuou.
Kennedy aponta a existência de um exagero de prognósticos de situações do coronavírus no estado, afirmando que não se dá para projetar os dados vistos em outros países com os que serão obtidos em Santa Catarina. “Não existem dados técnicos que façam com que ele tome a decisão de fechar ou não fechar. Você não pode utilizar fórmulas e gráficos de outros países sabendo que o nosso x e o nosso y é diferente”, disse.
Segundo o deputado, outras situações para além da crise econômica estão aparecendo no estado, como o aumento da violência doméstica e casos de suicídio e depressão de pessoas em quarentena. Para ele, os decretos de suspensão de atividades foram precoces, dado o tempo em que o Estado levou para adquirir o material de combate à situação.
“A H1N1 mata muito mais do que o coronavírus já matou até agora. O que a gente viu é que o governo fez esse bloqueio no dia 18 e só no dia 31 é que conseguiu colocar na rua o chamamento público para compra de equipamentos, respiradores, máscaras e etc… Defendemos que cada cidadão possa entender que sua atitude individual de uso de máscara e distanciamento de convívio, esse tipo de cuidado e tratamento individual, interfere sim no coletivo, e continuamos na vida nos defendendo daquilo que temos que defender”, concluiu Kennedy.