Há 23 anos, Marley Zapelini Farias descobriu o diagnóstico do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Na época, o estigma e o preconceito das pessoas que viviam com a doença era grande em virtude da falta de informação.
O afastamento das pessoas por medo de se contagiarem a afetou, principalmente, por já ter um filho com quatro anos. “Depois que descobri que ele não tinha o vírus foi tudo mais tranquilo para mim. Apesar de não conseguir emprego fichado por conta do preconceito, trabalhei fazendo faxina e entregando panfletos para conseguir sustentar minha familia”, explica Marley.
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De acordo com o Ministério da Saúde, até setembro desde ano, no Brasil, mais de 726 mil pessoas faziam Tratamento Farmacológico (TARV). Em Santa Catarina, o número é 45 mil.
Pensando em ajudar Pessoas que Vivem com HIV (PVHIV), há quase três décadas, o Grupo de Apoio e Prevenção à Aids de Criciúma (GAPAC), atua para combater o preconceito e discriminação no município.
Mãe de três e avó, Marley conta que conheceu o grupo quando estava grávida do seu segundo filho. “Foi a melhor coisa que me aconteceu. Pois foi lá que conheci a Dona Alba e a Anne. Elas me receberam de braços abertos. Ali é a meu segundo lar, muitas vezes prefiro ficar lá do que voltar para casa”, ressalta.
Saiba mais sobre Gapac
O Gapac foi fundado em 12 de abril de 1994. Há quase três décadas, a entidade trabalha a prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). O objetivo é melhorar a qualidade de vida das pessoas que convivem com essas enfermidades.
Além disso, o grupo também acolhe vítimas de preconceito e discriminação - seja homofobia, transfobia, racismo, misoginia, população do sistema prisional, entre outros -, bem como seus familiares. O Gapac está localizado na Rua Anita Garibaldi, número 386, no Centro de Criciúma.