Pity Búrigo e Vitor Búrigo precisaram alinhar os seus trajes para o Programa Do Avesso desta quarta-feira, 16. Eles tiveram que entrar na "beca", pois o tema do programa foi alfaiataria, recebendo no estúdio da Rádio Som Maior, o alfaiate Ivo Humberto de Souza.
Ivo e seu irmão, Rafael, tocam a empresa de alfaiataria que seu pai fundou há 50 anos em Sombrio. Hoje eles contam com duas lojas, uma em Criciúma e outra em Sombrio. "Eu cresci dentro da alfaiataria. Quando eu nasci ele já alinhava os casacos. Que eu me lembre, ele era dentro de casa. Então, pegava um resto de tecido e já fazia um brinquedo", comentou.
Há mais de 20 anos o pai não atua mais diretamente com a empresa, mais ainda dá uns "pitacos" na alfaiataria. "Eu sempre ajudava o pai a fazer uma bainha, pregar um botão, fazer um alinhavo. Em 1988 eu vim para a Fucri para estudar Ciências Contábeis, e em conversas durante o fim de semana com o pai resolvemos colocar uma empresa de calças sociais e fomos aumentando os produtos na produção", acrescentou. Nesta época o seu pai já atuava como alfaiate.
Conforme Ivo, há diversas diferenças entre o ramo de 20 anos atrás para hoje. "A alfaiataria que eu comecei com o pai era tudo alinhavado com o corpo. A alfaiataria é um corte bem cortado e bem cortada. Hoje é mais automatizado", afirmou.
Histórias ao longo dos anos
Com 50 anos de trajetória, a Alfaiataria da família conta com grandes histórias. "Há histórias de a sogra e a esposa vir junto para ver o traje. Existe uma história que o noivo escolheu determinada cor. Ele provou em um sábado, por volta das 10h30, e 13h ele me mandou uma mensagem falando que tinha que fazer outra roupa, de outra cor, porque a noiva não ia casar com ele com aquela cor. O casamento era na outra semana e precisamos fazer outro terno", contou.
A moda masculina ao longo dos anos
O programa Do Avesso também conversou com a professora do curso de Design de Moda da Unesc/Senai, Maria Júlia De Lima Dassoler, que explicou que a moda masculina ainda está trabalhando para se renovar. "A moda masculina sempre foi deixada um pouquinho de lado. A moda feminina mudou muito mais rápido ao longo dos anos. Mas isso também é um reflexo da humanidade, que as mulheres sempre estiveram mais abertas para mudar. Os homens sempre levaram mais tempo", explicou.
Ouça a entrevista na íntegra: