Há pessoas que dizem que um livro pode ser um bom companheiro em diversas horas. Mas já pensou em ter os livros como seus companheiros por mais de 30 anos? Assim que é a história e o dia a dia de Maurício Geraldo, livreiro da cidade. Ele, o proprietário da Unilivros, foi o convidado do Programa Do Avesso desta terça-feira, 3, na Rádio Som Maior.
Com 35 anos de história junto aos livros, ele já atuou em editora, distribuidoras, varejo e lojas de livros. "Como tudo começou: eu era acadêmico em Blumenau de Administração de Empresas e com dois colegas abrimos uma loja, chamada Casa Cultura. Ela tinha livros, papelaria, banca de revistas e jornais e locadora. Cometemos todos os erros possíveis de uma pessoa que abre uma loja que nunca trabalhou com aquilo", comentou.
A partir daí surgiu a oportunidade de trabalhar na editora Moderna, em São Paulo. Há 26 anos ele conta com a Unilivros, que é uma livraria e papelaria de Criciúma. "O legal de trabalhar com livros é aquela famosa frase socrática: quanto mais eu sei, mais sei que não sei nada. Quanto mais a gente lê a gente têm interesse de ler mais e descobrir mais", explicou.
A leitura e o brasileiro
Conforme estatística, o hábito da leitura no Brasil não é muito promovido, mas o país ainda desponta em oitavo lugar no ranking internacional de países que mais leem. "O brasileiro não lê muito. Mas, se você conversar com uma pessoa, ela fala que não lê, mas ela sente culpa por isso. Ela sabe que ler é bom, enriquece, mas ela não lê. Você não encontra alguém que fala que odeia ler. Ela sabe que é bom, não faz e se culpa por não ler", enfatizou.
Segundo Geraldo, a leitura sim trata-se de um hábito. "A literatura pode mudar a vida das pessoas, e normalmente muda para melhor. Então ler e não ler, acho melhor ler", afirmou.
Além de trabalhar com livros, Maurício frequentou o seminário em Blumenau, além de ser bombeiro voluntário por quatro anos. Todas estas histórias, e curiosidades dos livros, foram tratados no programa Do Avesso.
Ouça a entrevista completa