No Programa Do Avesso desta segunda-feira (4) foi realizado um especial de Carnaval. Os convidados foram Sandro Araújo e Cláudio Roberto de Oliveira, mais conhecido como Claudinho. Os dois são músicos e estiveram falando de como é tocar nesta época do ano, como era o clima do Carnaval antigamente e nos tempos atuais, além de terem tocado várias marchinhas durante o Programa.
Araújo é pai do Shipe, da dupla Bruninho e Shipe, e falou que a música está inserida na sua família. “Eu toco já há 43 anos, meu avô era maestro em São Francisco do Sul, tem até uma busco dele lá na praça. Quando eu nasci, ele já era falecido, mas está no sangue. Tem mais meu filho que está vindo aí, quando ele tinha quatro ou cinco anos peguei o violão e comecei a tocar e ele a cantar e sempre foi afinado, não tem aquele vozeirão, mas sempre foi afinado”, relatou.
Claudinho, que toca há mais de 30 anos, contou que fazia serenata junto com seu pai quando era novo. “Meu pai é autodidata de violão e cavaquinho e sempre foi de fazer serenata, eu com seis ou sete anos me botava nas costas e a gente saía fazer serenata na casa de parentes, em época de de Dia das Mães fazer serenata para as mães, virava a noite, e fui ficando dentro da música”, afirmou.
Sobre o Carnaval ser uma coisa para quem não tem o que fazer, Araújo fala que muitos acreditam nisto. “Antigamente tinha esse conceito, que era só para quem não quer nada com nada, só vagabundagem, ainda tem quem pensa assim. Nós somos de outra geração, mas eu gosto de ir no bar tomar uma cervejinha e tocar. Muito tempo atrás a gente tocava bastante, mas hoje em dia é bem menos, até porque não dá por causa do serviço e também não estamos mais com aquele pique”, ressaltou. Ele ainda falou que é saudosismo que o Carnaval de antigamente era melhor, mas é uma verdade.
Ouça o programa especial de Carnaval na íntegra: