Desde o início do ano, Criciúma registrou dois casos de homicídio. Em comparação ao ano passado, o número permaneceu igual. Porém, os crimes, que aconteceram em janeiro e fevereiro de 2021, foram mais graves e exigiram maior investigação da Polícia Civil.
De acordo com o coordenador da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma, delegado André Borges Milanese, o número é pequeno comparado ao tamanho do município, que possui aproximadamente 200 mil habitantes. "Só para ter ideia, 2015 foi o ano em que mais tivemos casos de mortes violentas, foram no total 59 homicídios", ressalta.
"Isso mostra que o nosso trabalho está sendo bem feito. Em anos anteriores, nós tínhamos 50 mortes violentas por ano. Em 2021, tivemos só seis homicídios. Isso é fruto do trabalho intenso das polícias Civil e Militar e de todos os órgãos de segurança", comenta o delegado. Segundo Milanese, nesses últimos anos, quase 100% dos casos foram resolvidos pela DIC.
A Região Carbonífera enfrenta um déficit no número de efetivos para atuarem na Polícia Civil, em comparação com os municípios de Araranguá e Tubarão.
"Em Criciúma e região, temos cerca de 100 efetivos. Seria necessário o dobro. A DIC tem 3 divisões e, no total, temos 12 policiais, incluindo delegados e escrivães, que trabalham nas investigações. Para uma cidade de 200 mil habitantes, é muito pouco, precisaríamos do dobro. Mesmo com esse número, conseguimos nos desdobrar e esclarecer grande parte dos casos dos crimes", destaca o coordenador.