Uma situação que virou recorrente e começou há muito tempo. Com pagamentos atrasados, o Figueirense perdeu mais dois funcionários nesta segunda-feira, 12. O preparador de goleiros Joseval Vieira e a psicóloga Dalila Ayla pediram demissão e devem ingressar na justiça contra o clube.
Recentemente, dois nomes importantes pediram para sair pelo mesmo motivo. O técnico Hemerson Maria e o goleiro Dênis. O goleiro alega que estava há 12 meses sem receber o direito de imagem.
De acordo com informações do repórter Kadu Reis, da rádio CBN de Florianópolis, um funcionário atesta que nos últimos 44 meses, o Figueirense depositou o FGTS em apenas cinco.
Desde 2017
A falta de pagamentos para atletas e funcionários não é nenhuma novidade no clube da capital. Em 2017, quando o zagueiro Bruno Alves saiu para assinar com o São Paulo, fez um acordo para receber pagamentos atrasados com a diretoria.
O repórter Kadu Reis lembra também os casos do goleiro Alisson, do lateral direito Raul e do atacante Élton, que deixaram o clube também por falta de pagamentos no começo desta temporada.
Sem pagamentos e sem transporte
Quando pediu demissão, o técnico Hémerson Maria reclamou das condições de trabalho. Treinos da base deixaram de ser realizados pela falta de transporte, do alojamento até o CT. Situação que se repetiu na manhã desta segunda-feira.
No grupo profissional, a hipótese de uma greve dos jogadores, que há muito é ventilada, não pode ser descartada.
Em campo, o Figueira sente os impactos de um ambiente turbulento. A última vitória foi na 9ª rodada da Série B, por 4 a 0 sobre o América-MG. De lá pra cá, foram seis jogos sem vencer: quatro empates e duas derrotas. Vinícius Eutrópio estreou na casamata com uma derrota por 2 a 0 para o Coritiba e o clube ocupa o 12º lugar, com 20 pontos conquistados.