O transtorno do espectro autista (TEA), como é conhecido desde 2012, é uma deficiência que em muitos casos demora para se manifestar nas crianças. O Dia Mundial da Conscientização do Autismo é celebrado em 2 de abril e serve para alertar os pais. O Jornal das Nove recebeu o neurologista e pediatra Eduardo Borges de Medeiros, a psicóloga Ledjane Cristina Sachet Ghisi e a mãe de autista, Maiani Duarte Felisbino para uma conversa sobre o tema.
“Poderíamos classificar em três níveis. O grave, que são aquelas pessoas que necessitam de muita ajuda para conversar. Tem o nível dois, com apoio para realizar atividades do dia e tem o nível um, onde a criança praticamente não precisa de ajuda para realizar as atividades, eles tem independência na realização das atividades do dia”, comentou o médico.
A criança poderá apresentar problemas no desenvolvimento da linguagem, mas a característica mais comum é a dificuldade de se expressar. Segundo o pediatra, é comum que troquem letras. O TEA pode surgir devido a complicações no parto, por alguma doença na gravidez ou trauma antes dos dois anos de idade.
Segundo a psicóloga Ledjane, existem diferentes planos terapêuticos e é importante cuidar da saúde mental dos pais, não somente dos filhos. “É a importância de manter pai e mãe bens. Eu prezo bastante o cuidado com o cuidador. São seres humanos, é preciso ter cuidado com a saúde física e mental. Não podemos desamparar os pais”, disse.
Maiani lembrou que é preciso entender como a criança pensa, é preciso ter paciência. “Não é qualquer roupa que ela gosta de vestir”, frisou. Começamos o acompanhamento com o psicólogo e demorou para se ter o diagnóstico. Ela não conseguia escolher entre dois objetos, não conseguia formar falas, só conseguiu depois dos três anos”, completou.
Confira a entrevista na íntegra: