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Educação se destaca como vocação

Lideranças ainda lutam para que prédio próprio do curso de Medicina seja concluído

Por Bruna Borges Araranguá, SC, 02/04/2019 - 09:01
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna

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Cidade referência no Extremo Sul Catarinense, Araranguá chama a atenção por seu comércio forte, mas também mantém as tradições da agricultura. Porém, nos últimos anos, uma nova vocação começou a surgir na cidade e é nela que boa parte da população e das lideranças apostam como alavanca para o desenvolvimento do município.

Essa alavanca é a educação. Endereço de algumas instituições de ensino técnico e superior, a Cidade das Avenidas é uma entre poucas catarinenses que possui um campus da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc). Em 2018, com a autorização pelo Ministério da Educação (MEC) do início do curso de Medicina, essa vocação para a ecuação se fortaleceu ainda mais. Consolidar um curso de Medicina da Ufsc era uma das bandeiras mais fortes e antigas de Araranguá.

“Já tínhamos a agropecuária muito forte, também o comércio, a indústria, mas agora temos um esteio que, esse sim, considero o maior esteio do crescimento de Araranguá, que alicerça o nosso crescimento, que é a educação”, afirma o prefeito Mariano Mazzuco. 

Prefeito Mariano Mazzuco

“Temos universidades particulares, a FVA, a Unisul, entre outras, também temos o Instituto Federal e temos a Universidade Federal, que nos brindou no último ano com o primeiro vestibular do curso de Medicina. É um presente que Araranguá ganhou, além de outros cursos. Com a presença dessas instituições, eu acredito que Araranguá está mais alicerçada para o crescimento”, acrescenta o chefe do Poder Executivo.

O pensamento é compartilhado também pelo vice-presidente da Associação Empresarial de Araranguá e do Extremo Sul Catarinense (Aciva), Alberto Sasso de Sá. “Hoje eu diria que Araranguá é um polo educacional. Nós temos Ufsc, nós temos Unisul, a FVA, fora todas as outras instituições de ensino à distância, que são várias. Araranguá, com relação à economia, talvez o polo educacional seja um setor que a gente possa destacar”, declara Sá. 

Vice-presidente da Aciva

Prédio em construção

Os primeiros médicos que serão formados em Araranguá já começaram as aulas em 2018, mas eles ainda aguardam a conclusão do prédio que está sendo construído exclusivamente para abrigar as salas de aula e laboratórios do curso, no Bairro Mato Alto. A conquista é também uma das lutas de entidades como a Aciva.

“Hoje nós temos a demanda da Ufsc, que tem o curso de Medicina aqui em Araranguá, mas que ainda não tem a estrutura necessária. Hoje quem passa no campus da Ufsc, no Bairro Mato Alto, vê que tem um esqueleto do prédio da Medicina, que foi uma verba que a comunidade conseguiu de uma emenda parlamentar”, comenta Sá. “Essa está sendo uma outra luta aqui da Aciva, que hoje é a principal luta em relação a grandes pautas. O curso já existe, mas agora precisamos estruturar”, complementa.

Benefícios diversificados

Mesmo que ainda funcionando em um endereço provisório, o curso de Medicina da Ufsc Araranguá já começa a trazer benefícios para a cidade. De acordo com o prefeito, as consequências são diversas e todas vistas de forma positiva.

“É uma realidade positiva em todas as questões. Se for pensar em um curso de Medicina como forma de levar o nome de Araranguá, ele vai ser levado a todo o Brasil, porque as pessoas vão pelo menos descobrir que existe a cidade acessando o curso de Medicina. Outro fator positivo é a vinda de professores e de alunos, são mudanças culturais que acabam acontecendo”, pontua Mazzuco.

“E também o desenvolvimento da área da saúde, porque com um curso de Medicina, o aluno faz residência aqui em Araranguá e automaticamente se espera que venham outros cursos na área da saúde, como já temos Fisioterapia. Então, é algo que temos a certeza de que cresceremos bastante em todos os aspectos, inclusive no de costumes e cultural”, coloca o prefeito. 

Novos tempos para a saúde

O início das atividades do curso de Medicina na Universidade Federal não foi o único fato recente positivo para a saúde da cidade. Também em 2018, mudanças no Hospital Regional de Araranguá (HRA) Afonso Ghizzo e a inauguração da Policlínica Regional marcaram de forma positva o setor.

Com atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde, o HRA é uma referência para a região e atende principalmente os 15 municípios da Amesc com uma equipe de aproximadamente 400 funcionários e um corpo clínico de mais de 80 médicos. Após passar por períodos de crise, a unidade, que é responsabilidade do Governo do Estado, mudou de gestão em novembro do ano passado e passou a ser administrada pelo Instituto Maria Schmitt (Imas). 

Também em 2018 foram inaugurados no Regional os leitos da UTI neonatal. A estrutura era uma reivindicação de 20 anos e é utilizada para o tratamento de bebês que nascem prematuros ou com algum problema de saúde. Anteriormente, era necessário buscar leitos em outros hospitais, em cidades mais distantes. Para custear, o Estado libera R$ 400 mil por mês. 

Já a Policlínica Regional, inaugurada em dezembro e que está anexa ao hospital, oferece 18 especialidades médicas para pacientes de toda a região Sul Catarinense. A estrutura se tornou uma realidade com o investimento de aproximadamente R$ 12 milhões feito pelo Estado. 

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