A manhã começou movimentada nesta quinta-feira (11) na frente do Paço Municipal Marcos Rovaris, em Criciúma. Isso porque, após optarem pela paralisação, os servidores públicos municipais protestam por uma nova proposta de reajuste salarial. A decisão pela greve ocorreu depois da realização de uma assembleia ainda na terça-feira (9). A proposta encaminhada pelo Poder Executivo ao Legislativo foi recusada pelos trabalhadores.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Criciúma (Siserp), Jucélia Vargas, a perda inflacionária do salário chega a quase 15% e o reajuste proposto pelo governo corresponde a 4,36%. "Pedimos desculpas à população pelo transtorno e pela falta de serviços, mas essa culpa não é do servidor, é do prefeito Clésio Salvaro que não repassa a inflação aos servidores e servidoras, deixando uma perda, no menor salário, de R$ 200. Todo mundo sabe o que significa perder esse valor nos 12 meses do ano e mais o 13º", disse.
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Conforme a presidente, a categoria dos profissionais de magistério é uma das mais afetadas. Porém, todos os servidores ligados ao Siserp foram convocados. Os serviços essenciais seguem em atendimento. "Os servidores estão bem mobilizados e acreditamos que vários estarão aqui durante o dia. Esperamos ter novidades e mudança dessa proposta", afirmou.
Imagens mostram a movimentação em frente à prefeitura de Criciúma por volta das 8h desta quinta-feira. Confira:
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O contraponto do Município
Por outro lado, o governo não parece estar aberto a novas negociações. Conforme o secretário da Fazenda de Criciúma, Vagner Espíndola Rodrigues, a Administração Municipal, na presença também do secretário-geral, Arleu da Silveira, e da procuradoria-geral da prefeitura, se reuniu com o Siserp há algumas semanas. Assim, a proposta foi elaborada pelo Executivo "olhando para a realidade da nossa receita", garantiu Rodrigues.
O projeto foi protocolado na Câmara de Vereadores na última sexta-feira (5). O secretário ainda afirmou que o governo respeita o direito dos servidores de quererem paralisar, porém, está seguro de sua proposta. "A etapa de negociação com o Sindicato, para o governo, está vencida", reforçou.