Moradores da cidade de Treviso regis- traram em vídeo esta semana o descarte de rejeitos de mineração no Rio Mãe Luzia. As imagens foram enviadas ao empresário Mário Anelli, que faz parte do Fórum pela Despoluição do Rio Mãe Luzia e do Comitê da Bacia do Rio Araranguá, e ele fez a denúncia na Fundação Municipal de Meio Ambiente de Treviso (Funtrev).
“Essa não é a primeira vez que isso acontece e, por conta dessa repetição, as mineradoras foram obrigadas a instalar câmeras de monitoramento nas saídas dos canos para os rios e a fundação fez a verificação dessas câmeras e nos avisaram que já foi identificada a fonte de onde vazou esse material”, comenta Anelli.
Autuação à empresa
O nome da empresa responsável não foi divulgado, mas, de acordo com o empresário, a informação que foi repassada é de que haverá uma autuação e investigação sobre o crime ambiental. “Ele não me disse qual é a empresa, até porque os responsáveis têm que ser autuados, tem que ter um tempo para apresentar defesa”, relata Anelli.
Para o representante dos movimentos ambientais, essa é uma situação preocupante e que precisa de providências mais efetivas para que não se repita mais uma vez. “A gente vê que o peixe não vai voltar para o rio se eles continuarem soltando água de carvão. Esse não é um crime de hoje, são ações do passado também, recuperações ambientais que não foram bem feitas e que continuam vazando água ácida para os rios”, declara.
Município investiga
“A gente participa de fórum, gasta gasolina para se locomover para lá e para cá, gasta energia, e nada acontece. O rio vai continuar poluindo se não for feito nada a respeito des-ses crimes”, completa Anelli.
O engenheiro ambiental da Funtrev, Vinicius Pasquali, afirmou que ainda está levantando as informações a respeito do caso e que, por enquanto, não irá se manifestar.