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Empresárias aguardam em Criciúma liberação para retornar à Itália

Keli de Oliveira e Patricia Martini projetam volta para a casa no dia 4 de maio

Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 22/04/2020 - 11:20 Atualizado em 22/04/2020 - 16:50
Patricia e Keli / Foto: Luana Mazzuchello / 4oito
Patricia e Keli / Foto: Luana Mazzuchello / 4oito

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Duas empresárias de importação e exportação de vinhos tentam retornar à Itália. Elas estão no Brasil desde o dia 14 de fevereiro e chegaram há alguns dias em Criciúma. Keli de Oliveira é criciumense, mas mora há alguns anos na Itália. Lá, ela tem o negócio de vinhos com a italiana Patrícia Martino.

As duas falaram sobre o problema para retornar ao país em que moram, em entrevista para o Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, nesta quarta-feira, 22. Com a viagem marcada e cancelada cinco vezes, elas projetam agora uma nova tentativa: no dia 4 de maio.

"No carnaval recebemos a notícia de que chegou o coronavírus na Itália de maneira explosiva. Uma semana depois nossas famílias ficaram trancadas em casa e ali começou toda a história do coronavírus. Foi muito difícil pra nós, continuamos trabalhando, fecharam o comércio aqui, a Itália inteira fechada. Falamos com a nossa família o tempo todo, eles estão há mais de 40 dias trancados em casa. Contactamos o consulado e Brasília, mas não temos uma real justificativa para voltar para a Itália, porque temos passaporte brasileiro. Mesmo com a família trancada, não temos prioridade para retornar", explicou a empresária Keli de Oliveira.

Enquanto a família das duas permanece no isolamento rigoroso italiano, após o país tornar-se o epicentro do coronavírus no mundo, ver o número de casos e morte disparar e, só agora, começar a pensar na flexiblização, Keli e Patricia seguem no Brasil, de olho nos negócios. 

"São situações difíceis. O governo italiano, da forma dele, está ajudando. Somos agricultores na Itália, dívidas em bancos conseguimos postar até setembro e sem fazer pagamento de impostos. Em setembro terá nova negociação podendo estender até março. Os funcionários que nós temos, hoje, ainda estão trabalhando os que podem, mas os funcionários da área administrativa, o governo paga 80% do salário. Hoje o governo ajuda, mas a gente sabe que no futuro vamos pagar isso", afirma Patricia.

Via internet, permanecem em contato com os familiares no país europeu. "Na nossa família estão todos bem, respeitando. A Itália foi pega de surpresa, do dia para a noite estourou tudo. No Brasil a gente teve esse mês para se preparar ao que pode vir. Esperamos o melhor. Dia 4 de maio, torcemos os dedos, devemos voltar para casa. São quase dois meses e meio aqui, mas prosseguimos vendendo vinhos e contando nossa história. Positividade sempre, não é fácil estar aqui sabendo que nossa família está trancada lá", aponta Keli.

"Está tudo parado, as importações estão paradas e vamos esperar para ver o que acontece nos próximos meses. O turismo na Itália deve ficar parado em todo esse ano. Setembro está chegando e é o mês de colher. Nós trabalhamos com turismo, a família do meu marido tem um residencial e não vai abrir neste ano. As aulas podem voltar em setembro, elas estão com aulas online, cinco hora na frente do computador. 2020 economicamente será um ano de aprender", completa Patricia. 

Tags: coronavírus

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