Há uma semana, a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) sofreu um deslocamento de adutora que deixou Criciúma e as cidades vizinhas um longo período sem o fornecimento de água. Após um prazo estipulado pelo Ministério Público (MP), a companhia esclareceu que o problema foi causado por um acidente em uma obra de ampliação da rede de sistema integrado. O superintendente da Casan, Matheus Pacheco detalhou os fatos em ordem cronológica, entenda:
- Tudo começou na quinta-feira (26) às 15h, quando houve o rompimento de uma adutora em Nova Veneza. Além de ser mais complicado de resolver em relação a um vazamento, o fato ocorreu ao lado de uma granja de arroz. Um deslocamento de terra ocasionou o problema e, ao iniciar as escavações, o local ficou cheio de água.
- As equipes ficaram empenhadas até as 23h da quinta, com a ajuda de uma empresa próxima, para secar a água e iniciar o conserto. Para isso, foi necessário fechar a Estação de Tratamento de Água (ETA) próxima. “Levou umas 12 horas para secar. Não baixava e ficou acumulada toda a água do adutor e da cancha de arroz ali”, salientou Matheus.
- A vala, por fim, começou a baixar apenas na sexta-feira (27) a partir das 5h. E, só então, foi possível iniciar, de fato, o conserto da adutora.
- No início da madrugada do sábado (28) os serviços foram finalizados. Até encher completamente a ETA, já eram 2h. A partir disso, a água começou a ir para os reservatórios. Às 8h, os principais pontos da região já estavam abastecidos. Aos poucos, a água atingiu os demais locais.
- Na manhã da terça-feira (31) houve um novo vazamento na adutora de água bruta, que não comprometeu o abastecimento. Foi feita uma manobra ainda durante a manhã.
- Os demais problemas de falta d’água podem ter sido causados por vazamentos pontuais. Segundo o superintendente da Casan, após um desabastecimento como este, a rede de tratamento está vazia e a água é liberada com certa velocidade, causando choques e possíveis rompimentos na tubulação.