Com a população concentrada em um único local, os problemas com sinal de telefonia se tornam mais frequentes nas regiões de balneário. Em geral, o problema atinge todas as praias e operadoras. Mas, por que isso acontece? O especialista em telecomunicações, Jonathas Roberge, explica este fato.
"Todas as antenas de telefone, estações rádio base (ERBs), tem um número limite de usuários. Se nos compararmos a um jogo de futebol, nós temos uma concentração de pessoas num mesmo local, ao mesmo tempo. Toda vez que tiver esta concentração, essas antenas ficam superlotadas", esclarece.
O que acontece nas praias é uma situação similar. "As operadoras conseguem potencializar o máximo que dá durante o ano, tentam fazer ajustes e melhorias, mas essa sazonalidade no mesmo período, muitas vezes, consegue equilibrar pouco", comenta.
"E nos eventos como jogo de futebol, virada do ano, uma data comemorativa, todos, além de estarem embaixo de uma antena, também trafegam muito dados, voz e todas as ações que o telefone permitir e tiver conexão com uma rede. Tenta-se minimizar ao máximo, mas, sempre terá essa superlotação e esse problema", afirma o especialista.
E a solução?
Organização é a palavra-chave para amenizar o problema. Neste sentido, a principal dica de Roberge é tentar antecipar as mensagens que serão enviadas. Outra recomendação é utilizar mais de um canal, uma vez que a quantidade de usuários em um mesmo servidor muda.
"As pessoas não estão mais utilizando ligação. Hoje, se liga e manda mensagem por WhatsApp, elas acreditam que só existe o aplicativo. Então, utilize a ligação de voz, o velho SMS, que é muito uma ferramenta muito interessante e não vai por dados", ressalta.
Ainda, o especialista reforça que trocar a operadora de telefonia pode não ser a solução, já que todas apresentam o problema e, às vezes, uma antena pode ser compartilhada entre várias empresas. Além disso, o custo é alto para aumentar a quantidade de usuários, o que acaba não compensando para as companhias. "Com o 5G, atualizações e avanço da tecnologia, provavelmente, acredito que isso vá sanar", conclui.