"Esse árbitro não pode mais apitar a Série B", disse, Alex Brasil, gerente de Futebol do Criciúma, ao se referir a Matheus Delgado Candançan em entrveista coletiva nesta quarta-feira (3). O profissional apitou o jogo entre o Londrina e o Tigre na última segunda-feira (1°), pela quarta rodada da Segundona do Brasileiro. Na oportunidade, um lance polêmico envolvendo um pênalti a favor do time adversário rendeu o empate ao tricolor carvoeiro.
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Na noite dessa terça-feira (2), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) liberou o vídeo com a análise do VAR a respeito do lance. Após a revisão, o árbitro Matheus Delgado Candançan manteve a marcação de penalidade, que favoreceu o Londrina na oportunidade.
O gerente de Futebol cobra que o presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Luiz Seneme, venha a público para se pronunciar sobre o caso. "Nós sabemos que a decisão de campo é valida, mas está claro, se gasta milhões para ter a ferramenta e não está sendo utilizada", afirmou em entrevista coletiva.
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Assista à análise do VAR:
Um dossiê foi feito pela diretoria do clube e agora o departamento jurídico vai entrar em ação para entrar com uma representação junto a comissão de arbitragem, o árbitro é inexperiente e tem apenas 24 anos e de acordo com Alex Brasil, apitou três jogos na Série B do ano passado e marcou cinco pênaltis.
"Não é porque fez dez jogos no campeonato paulista que ele pode apitar. Nada contra a pessoa, queremos árbitros experientes, tem muita coisa para se preocupar, não adianta colocar o cara na geladeira, tem que reciclar", explica.
Alex Brasil também questionou profissionalização dos árbitos, já que hoje muitos, além de trabalharem no futebol, tem outro emprego, como é o caso de Matheus, que é engenheiro civil. "Tem que ter uma preocupação, queremos profissionais experientes, não tem cabimento um árbitro apitar um jogo em Curitiba e, no outro dia, ir para Pelotas fazer seu serviço", acrescentou o gerente.
Em 2018, durante um curso de gestão feito por Alex Brasil na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já se falava sobre profissionalização dos árbitros. “Eu defendo isso, claro que somos seres humanos e o erro vai existir mas temos como minimizar esses erros e a ferramenta do VAR é uma delas, você dando condições ao árbitro, a preparação física, análise e fisioterapia, tem mecanismo para isso, basta querer”, ressalta o gerente de futebol.
O caso também repercutiu no vestiário dos jogadores. "Eu, pessoalmente, falo que eles são orientados a jogarem futebol. Se alguém for punido por tipo de cobrança, tem que ser eu, porque mais uma [punição] ou menos na minha carreira não muda nada. Mas, não posso perder atletas", disse Alex Brasil.