A reunião do Conselho Deliberativo do Criciúma Esporte Clube, que aconteceu na noite dessa terça-feira (19), teve dois objetivos alcançados: o Estádio Heriberto Hülse vai continuar no bairro Comerciário e um novo projeto prevê ampliação, passando de 19.225 pessoas para 30 mil torcedores. Um plano diretor autorizando as obras será apresentado em até 120 dias.
O projeto do novo Heriberto Hülse prevê cadeiras em todo o estádio, sem perder a sua capacidade, além de dois anéis superiores. Quatro pontos foram destacados no conselho para manter o estádio no mesmo lugar: o Majestoso atende aos requisitos de mobilidade, está em uma área com alto potencial de renda, tem custo de modernização acessível e a preservação histórica.
No final da apresentação também foi destacado um lema: “Nascemos no comerciário, aqui devemos continuar!”. A possibilidade de um novo estádio em uma outra localização foi descartado, além dos pontos apresentados, segundo números destacados durante o conselho, o valor estaria em R$ 500 milhões, enquanto a área do estádio está em R$ 68 milhões.
“Trabalho de estudo foi feito embasado, chegou ao valor aproximado de 68 milhões, não é o valor do estádio, ninguém que vai comprar aquele terreno vai comprar o estádio, vai ter custo de R$ 10 milhões para demolidor o estádio, então para quem investir é R$ 78 milhões”, diz o presidente do Conselho de Patrimônio, Tiago Pieri.
Investimento de R$ 500 milhões para novo estádio
Um dos pontos que Pierri destaca é que é possível modernizar o estádio e proporcionar uma melhor qualidade para o público, dando um espetáculo melhor com o conforto necessário. “Arrumando os pontos onde são mais importantes e fazendo com que a torcida se sinta à vontade, para todos os torcedores, o Heriberto Hülse é a sua segunda casa”, comenta o presidente do Conselho de Patrimônio.
“Uma arena nova comparando com arenas de Copa do Mundo e a Arena MRV para o Atlético Mineiro, estamos falando em um investimento de R$ 500 milhões, não faz justo ter um valor de 60 para fazer algo de 500, não tem a menor possibilidade de acontecer”, complementa.
Criciúma deve receber dinheiro da LFF em breve
O presidente do Criciúma, Vilmar Guedes, destaca que a reunião produziu um ato de muita maturidade do conselho e traz uma segurança para a executiva, já que com a permanência do estádio, é possível fazer obras com os recursos advindos da Liga Forte Futebol (LFF) que deve vim para o clube nos próximos meses.
“Foi mostrado que não tem viabilidade econômica retirar o estádio, uma possível transferência traria sérios prejuízos para o clube, construímos na reunião um manual de bordo, não temos recurso para fazer tudo que foi proposto, mas o manual vai servir como orientador para que o Criciúma do futuro tenha um estádio bonito e moderno”, comenta Guedes.
Pontos prioritários para o presidente do Conselho de Patrimônio
O presidente do Conselho de Patrimônio destacou alguns pontos que são prioridades, como acesso a parte de sanitário e bares para todas as áreas do estádio: “A gente sabe que hoje na área da antiga descoberta tem um problema razoável nesse acesso, outra prioridade nossa é a entrada para ter um atendimento maior para a imprensa”, explica Pieri.
A zona mista é a maior preocupação para Tiago. “Sabemos que é desconfortável, fica ruim até com nosso público, quando faz entrevista com jogador ela é feita em frente a torcida adversária, são pontos principais, criar estrutura para dar mais conforto ao torcedor, a executiva vai ter a linha do que vai ter de investimento possível e vai fazer seguindo as normas”, complementa.
Para o presidente do Conselho Deliberativo, Guilherme Burigo a reunião foi produtiva. “Saio daqui satisfeito da nossa aprovação por unanimidade, tinha essa especulação imobiliária, levantamentos provaram que a construção de um estádio sairia dez vezes mais do que vale o patrimônio, em até 120 dias vamos trazer novamente ao conselho esse plano diretor concluído e a partir desse plano, entregar para diretoria executiva todas essas determinações”, comenta o presidente.