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Eleições 2020

“Faremos uma gestão de mãos limpas e a quatro mãos”, afirma Dr. Alisson

Médico foi o segundo candidato a vice-prefeito de Criciúma entrevistado pela Rádio Som Maior

Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 06/10/2020 - 10:56 Atualizado em 06/10/2020 - 15:07
Fotos: Luana Mazzuchello / 4oito
Fotos: Luana Mazzuchello / 4oito

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Dr. Alisson Pires (PSL) era candidato a prefeito de Criciúma até as vésperas do prazo final de confirmação das candidaturas. Mas, em uma reviravolta, a definição por concorrer como vice de Julia Zanatta (PL).

Entre os motivos, apontou ele em entrevista ao Programa Agora, da Rádio Som Maior, está o plano de governo semelhante entre os dois. “A conversa com a Julia foi de entendimento, onde os ideais se confluíram. Somos candidatos da direita, a única chapa de direita em Criciúma, os planos de governo são parecidos e entramos em consenso que a união de forcas seria benéfica para a cidade. Faremos uma Gestão de mãos limpas e a quatro mãos”, falou.

Pires foi o segundo candidato a vice de Criciúma a ser entrevistas na série da Rádio Som Maior. Antes dele, Cesinha (Podemos), vice de Coronel Cosme, também apresentou os projetos.

Entre os pilares citados pelo candidato estão mobilidade urbana, saúde e desenvolvimento econômico.

Ele começou explanando algumas ideias sobre a mobilidade de Criciúma. “A centenário divide a cidade em duas. A partir do momento que precisa cruzar de um lado já se torna difícil. Os semáforos que não têm sincronia fazem com que engarrafem as demais vias, principalmente em horário de pico, mas em outros horários também. Lógico, temos que ter uma mobilidade com vias alternativas, por isso a necessidade de uma ciclovia. Já temos um projeto em parceria com a Unesc, que sai da Próspera até o Bairro Universitário. Um técnico para fazer uma programação para que os semáforos sejam sincronizados, isso é mais rápido e fácil de fazer, na sequência devem ser feitas as obras de revitalização da Avenida Centenário”, disse.

Um vice ativo

Para Alisson, o vice-prefeito precisa ser atuante. “O vice tem que estar com o prefeito, não ser espectante só para assumir em caso de ausência do prefeito. Neste sentido, por eu ser da educação e da saúde, eu tenho uma sintonia melhor com estas secretarias. Hoje não temos uma secretaria de saúde, mas da doença, porque não tem o foco na prevenção Tem pessoas esperando uma cirurgia eletiva há mais de oito anos. Como andamos pelos bairros, conheço a saúde e as deficiências, o sofrimento das pessoas. Na saúde serei ainda mais atuante”, ressaltou.

Presente na saúde

Com relação à saúde, o candidato fala que a fila de exames e consultas está sendo alimentada sempre. “Vamos fazer com que menos pessoas precisem do especialista melhorando o atendimento na atenção primária, valorizando os profissionais das unidades de saúde, capacitando e dando a eles o acesso ao especialista por telemedicina. É preciso melhorar a logística, com uma agenda eletrônica usando a inteligência artificial. Não vai ter faltas nas consultas porque a agenda vai ser inteligente, assim o paciente sai da consulta sabendo qual o dia do meu retorno”, relatou.

Além disso, ele falou que é preciso um planejamento para o paciente. “O que o paciente está fazendo para chegar em determinada idade? Todas as pessoas que utilizarão o serviço público serão mapeados. Teremos indicadores de saúde, quantos estão cumprindo o planejamento?”, questionou.

Desenvolvimento econômico 

Dr. Alisson também tratou de ideias em outro pilar: o desenvolvimento econômico. “É com pesar que olhamos para Criciúma que já foi expoente no estado, a maior cidade entre Florianópolis e Porto Alegre, estar estagnada. O saldo de empregos é negativo, enquanto municípios vizinhos são positivos. Porque Criciúma não está desenvolvendo? Temos que repensar”, afirmou.

Empreendimento não finalizado, o Porto Seco é citado como alternativa para contribuir com o crescimento da cidade. “Temos o Porto Seco com 42 lotes adquiridos, os empresários só não estão se instalando por falta de mobilidade. Melhorará a mobilidade porque os caminhões ficarão lá, não virão para o centro da cidade. Outro problema é a segurança jurídica. Eu como empresário chego em Criciúma e tenho medo de colocar uma empresa. Tínhamos um terreno no Verdinho, onde era o CTG, chega o Executivo e retira o terreno sem aviso prévio. Isso causa insegurança. Não há um diálogo entre Executivo e a Acic, por exemplo. Teremos uma Secretaria do Desenvolvimento Socioeconômico que terá uma pessoa que pode ser avalizada pela Acic para que venda a nossa cidade lá fora. Pegar os pontos positivos e ir em São Paulo, Rio de Janeiro, fora do país e mostrar que Criciúma é atrativa. Temos um enorme terreno anexo ao Porto Seco de um grande empresário que, com certeza, cederia para a instalação de empresas. Tem a Ferrovia Tereza Cristina que pode ser um centro de descarga de mercadorias, utilizando a via férrea”, destacou.

 A cultura e o turismo

Para o candidato a vice-prefeito, Criciúma não teve cultura nos últimos anos. “Nos últimos anos não tivemos cultura na cidade. Tínhamos oficinas nos bairros e foram retiradas. Nenhuma ação foi feita. Criciúma precisa se reinventar. Joinville chegou em um momento que precisou se reinventar e trouxe a dança e hoje é reconhecida. Precisamos fomentar o turismo e a cultura em nossa cidade, criando festivais como música, teatro. Não temos peças de teatro na cidade muitas pessoas vão para outras cidades. Temos um lindo teatro que fica ocioso. Precisamos dar autonomia ao presidente da Fundação Cultural de Criciúma”, destacou.

Ideias para o desenvolvimento do turismo também foram apresentadas. “Temos a serra e a praia a 20 quilômetros, fazer um fator agregador, uma rota gastronômica. Os restaurantes se reuniram para fazer o festival e porque não incentivar a fazerem isso? Nós precisamos ser o fomentador de visitas às cidades ao redor. Temos a mina, pontos naturais. Pontos de passeio pela cidade. Um ônibus de visita passando pela Centenário, paço, mina, pontos que podem ser explorados em nossa cidade”, enfatizou.

Trabalho como vereador

Segundo suplente de vereador, na época pelo PSDB, Alisson Pires assumiu uma cadeira no Legislativo, onde permaneceu por cerca de dois anos e meio. Neste período, ele apresentou alguns projetos. “O vereador tem algumas limitações, mas na minha passagem fiz muitos projetos de lei, mas muitos foram vetados pelo Executivo. Estamos na pandemia, e lembro da pandemia de 2009, da H1N1, ficou a lição que a higienização da mão é muito importante para evitar as doenças infectocontagiosas, baseado nisso fiz um projeto que fosse obrigatório o uso do álcool em repartições públicas, um projeto simples, barato. O Executivo vetou, a Câmara promulgou, mas o Executivo entrou com ação de inconstitucionalidade. Nós poderiam estar três anos à frente”, lembrou.

Outro projeto de sua autoria, mas que não foi colocado em prática, é o “Domingo do Esporte e Lazer”. “Vi isso em São Paulo que fecha a Avenida Paulista aos domingos. Joinville fecha a rua XV de Novembro e a gente vê a interação. Fiz o projeto para fechar algumas ruas para o esporte e lazer. Falei com o Sesi para dar apoio, oferecer atividades. Pegava as macrorregiões da cidade para esta interação na cidade, mas também acabou sendo vetado”, relatou.

Uma de suas ideias, esta sim colocada em prática, é a Semana Municipal de Valorização da Vida e Prevenção do Suicídio. “O suicídio matou mais que todas as guerras e homicídios e nesta pandemia o emocional das pessoas está muito abalado. Fiz uma audiência pública para criar a Semana Municipal de Valorização da Vida e Prevenção do Suicídio. Achamos que antes deveríamos ficar calados para não estimular, quando na verdade você falando ajuda a evitar isso. Nesta iniciativa temos o CVV como um grande parceiro”, citou.

Além destes, Pires recordou outro projeto. “A classificação indicativa para eventos, devido aquele fato na Fundação Cultural de Criciúma que tinha uma peça que representava a genitália masculina, chegaram pais com filhos e estava exposto na entrada, mas é porque não havia nada que normatizasse esta indicação. Só nós e Curitiba tínhamos esta classificação indicativa. Outro projeto era o agendamento de idoso para consultas, mas que também foi vetado pelo Executivo”, falou.

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