Após a devida apresentação na última sexta-feira, Gilson Kleina foi até o vestiário do Heriberto Hülse. Vestiu o uniforme da comissão técnica. Subiu as escadas do túnel que leva até o gramada do Estádio Heriberto Hülse. Ao lado de João Carlos Maringá, os dois pisaram no tapete verde do Majestoso, logo levaram a mão direita até a cabeça e completaram um sinal da cruz em um gesto simultâneo como quem pedia aos céus uma benção ao novo desafio.
Irão realmente precisar. O ano mais uma vez começou difícil para o Criciúma. O desejo de estar brigando diretamente pela classificação às semifinais na primeira fase do campeonato não está acontecendo. Por mais que as chances de avançar na competição ainda existam matematicamente, o objetivo está distante. Mas quem sabe, nesta nova fase, contanto até mesmo com a ajuda divina, o Tigre ainda possa surpreender na competição.
O Campeonato Catarinense ainda segue fazendo parte dos planos. “Nosso pensamento é de classificar sim (no Catarinense) por mais que tenha seis pontos de diferença”, frisou Kleina. O jogo contra o Atlético Tubarão passa a ser fundamental e o primeiro passo em busca da meta ainda não apagada.
“Temos 18 pontos a disputar, nossa gordura é pouca, temos que fazer o maior nível de pontuação possível, aliado a vitórias”, calculou. “Temos que ser francos, estamos a seis pontos do G-4 mas não podemos discuidar, estamos a sete também lá de baixo. É jogo de confronto, se o Tubarão tiver êxito pode diminuir para 4”, alertou.
Um pouco de Gilson Kleina
Ele até queria, mas o pouco tempo para regularizar seu contrato com o Criciúma junto a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não permitiu que ele comandasse a equipe neste fim de semana. “Hoje existe o registro do treinador, como hoje é sexta não sei se vai dar tempo de entrar no BID (Boletim de Informativo Diário da CBF)”, lembrou o treinador.
Realmente não deu. Kleina não foi regularizado há tempo e vai ter que assistir o jogo da arquibancada do Estádio Domingos Silveira Gonzales. “O Wilson tem a minha confiança, nada mais justo que ele ir para o banco”, enfatizou.
Trabalho a duas mãos
Mas isso não quer dizer que a equipe que enfrentará o Atlético Tubarão já não terá os primeiros trejeitos do esperado pelo Kleina. Ontem, enquanto Wilsão comandava a primeira etapa do treino no Heriberto Hülse, questionando Lalo, auxiliar de Wilsão, ele foi colhendo as primeiras informações do time. Em seguida, entrou em ação. Corrigiu alguns erros que observou. Dava os comandos. “Eu quero passe firme”, falou em alto e bom tom. “Não tem essa de não marcar”, deixou claro aos jogadores. “É isso aí!”, comemorou em uma das jogadas da atividade.
“Eu quero estar inserido no processo. Mas já comecei o trabalho hoje. Entendi o modelo que ele (Wilsão) está colocando”, afirmou Kleina. Após ainda chamou os titulares e deu as primeiras orientações. Tentou, ali, naqueles poucos minutos, mudar algo do que o Criciúma vinha apresentando. Por fim, deixou Wilsão completar a atividade.
Lesionado, Luiz está fora
A equipe terá mudanças forçadas. Uma delas é Luiz. Durante a atividade dessa sexta-feira, veio a notícia de que o goleiro teve uma lesão na panturrilha. Ficará fora por pelo menos sete dias. Bruno Grassi ganha a vaga. No meio-campo, Zé Augusto retorna e deixa Jean Mangabeira de novo no banco. Na frente, no lugar do também lesionado Andrew, Reinaldo e Julimar brigam pelo espaço. Entre os desfalques, está ainda o zagueiro Federico Platero, com pubalgia.
Ficha técnica:
Atlético Tubarão:
Belliato;
Oliveira
William Mineiro
Denilson (Edimar)
Gabriel Carioca;
Parrudo (Daniel Pereira)
Guilherme Amorim
Leilson (Daniel Costa);
Fio (Tilica)
Roberto
Edu;
- Técnico: Luizinho Vieira
Criciúma:
Bruno Grassi;
Maicon
Sandro
Derlan
Marlon;
Zé Augusto
Eduardo
Caíque
Daniel Costa
Reis;
Julimar (Reinaldo)
- Técnico: Wilsão
Local: Estádio Domingos Silveira Gonzales, Tubarão(SC)
Quando: Hoje, às 16h
Árbitro: Fernando Henrique de Medeiros Miranda, com Henrique Neu Ribeiro e Gizeli Casaril