Os municípios de Forquilhinha e Criciúma receberam um ofício do governo do Estado para receber a administração do aeroporto Diomício Freitas, atualmente utilizado para voos particulares e para o Serviço Aereopolicial (Saer). Alegando falta de orçamento e por 2020 ser um ano eleitoral, as duas prefeituras definiram, em reunião, encaminhar outro ofício à secretaria de Infraestrutura solicitando o adiamento deste debate para 2021.
De acordo com Dimas Kammer (PP), prefeito de Forquilhinha, a determinação do governo do Estado o pegou de surpresa. "Nos reunimos com o prefeito Salvaro para debater o assunto. Nos pegou de surpresa, nem esperávamos que o Estado lavaria as mãos nessa questão. Nossa decisão é, por não ter orçamento nenhum para o assunto e ser um ano eleitoral, deixar para 2021", disse.
Kammer ressaltou que, para Forquilhinha, o aeroporto é pouco utilizado e não é considerado estratégico para o município. "Quando os novos prefeitos assumirem, aí pode-se discutir e colocar no orçamento. Tem que ser algo discutido com a Amrec. Forquilhinha é um dos municípios que menos utiliza o aeroporto, esse debate tem que ser a nível de região, não podemos (Forquihinha) ter só o ônus", comentou o prefeito.
Há alguns anos, Forquilhinha, que segundo Kammer é proprietária dos 45 hectares em que o aeroporto está construído, especula a possibilidade de transformar a área em um distrito industrial. "Isso seria em última análise. É uma possibilidade, mas ainda remota. Temos que respeitar os empresários que têm aeronaves há muitos anos, são 45 hectares em nome do município, mas quem usa é a região", afirmou.
"Não temos interesse em fechar o aeroporto, mas também bancar tudo é complicado. Tem que ser discutido com a Amrec, trazer o Estado que talvez continue com uma parceria. A princípio pedimos para reconsiderar a decisão e deixá-la para 2020", concluiu Kammer.