A construção civil recomeçou as atividades no dia 2 de abril. O barulho das obras nas cidades, no entanto, não revela os problemas que o setor pode enfrentar nessa pandemia do coronavírus, a exemplo de outras atividades econômicas. Para o presidente do Sindicato da Industria da Construção Civil de Criciúma e Região, Mauro Cesar Sônego, é difícil projetar a recuperação econômica da área em 2020.
"Poderemos começar agora a nos posicionar pelo menos a curto prazo, sobre essas medidas lançadas pelo governo para fazer a retomada neste início. A médio e longo prazo é difícil fazer um prognóstico. Elaboramos três cenários: conservador, realista e otimista, para as empresas conseguirem projetar o futuro", apontou Sônego.
Abrangendo a Amesc e a Amrec, o Sinduscon tem o registro de 1,2 mil empresas na área, envolvendo diretamente a construção civil, mas também escritórios de projetos, fábricas, dentre outros. São 7 mil trabalhadores nas duas regiões.
"O setor da construção tem um reflexo mais demorado, ele para primeiro e a retomada é mais lenta. A gente já observava uma retomada no começo do ano, mas era pontual de alguns nichos. Dependendo da atuação, em que área ela atua, a gente acredita que consegue retomar ainda neste ano, mas para alguns setores pode ficar para o ano que vem", concluiu Sônego.