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Ginástica rítmica: um estilo de vida

Histórias e rotinas transformadas através do esporte

Por Maria Henrique Leandro Criciúma, SC, 21/04/2021 - 10:04
Fotos: Guilherme Hahn/Especial/4oito
Fotos: Guilherme Hahn/Especial/4oito

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O relógio de Flávia Feijó Balthazar, de 15 anos, desperta às 6h. Neste horário, ela começa a se preparar para as atividades estudantis. Às 11h40, a jovem se desloca rapidamente para a sua residência, almoça e parte para o treino de ginástica rítmica, que inicia às 14h e finaliza às 17h40, na Sociedade Recreativa Mampituba. Esta rotina de treinos se repete há 11 anos e, segundo Flávia, faz parte do seu estilo de vida. 
“Pra mim isso tudo é normal. Eu não vejo como uma obrigação. Faço porque eu gosto. Eu também me cuido na parte da alimentação, evito comer doces. Isso não é questão de peso. Precisamos ter energia para treinar e, por isso, é necessário nos cuidar”, explica. 

Incentivo da família

Flávia entrou na ginástica rítmica por conta de sua irmã mais velha. Na época, não tinha a idade mínima para participar e ficou um ano fazendo ginástica artística. “Eu achava que ela continuaria na artística, mas não. Ela entrou na rítmica, depois de um tempo a irmã dela saiu, mas ela optou por continuar. Depois de um tempo, já estava participando de competições”, relembra a mãe de Fávia, Isabel Cristina Feijó. 

Izabel conta que sempre incentivou a prática de exercícios físicos na vida da filhas. “Sempre deixei bem claro: o estudo em primeiro lugar e o esporte desde que não atrapalhe. Ela sempre foi muito disciplinada nos estudos e acabou se apaixonando pelo esporte. Eu vi o reflexo disso em muitos aspectos da vida dela”, relata. 

Escolinha e rendimento

Assim como Flávia, cerca de 80 meninas participam da ginástica rítmica da Sociedade Recreativa Mampituba. O esporte está vinculado ao projeto de formação de atletas do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e é dividido em duas modalidades: escolinha e rendimento. A escolinha, que iniciou em 2016, hoje conta com aproximadamente 50 alunos. O rendimento teve início em 2017 e atualmente possui 30 participantes. 

As turmas de iniciação (escolinha) são com crianças de seis a 10 anos. As vagas são abertas para sócios e não sócios do clube. Para aqueles que são sócios, basta fazer a inscrição. Já aqueles que não são vinculados ao clube, passam por uma seletiva. Já para entrar no rendimento, é preciso passar por uma bateria de testes, que normalmente são realizados em fevereiro.

Todos os anos os alunos participam de campeonatos estaduais nas categorias pré-infantil, infantil, juvenil e adulto contra 10 equipes de todo o estado. “São cerca de 200, até 300 crianças competindo com todas as categorias juntas”, diz a coordenadora das escolinhas e técnica das equipes de rendimento, Júlia Casagrande Bitencourt. Também disputam no regional, que é uma classificatória para o nacional. Nesta etapa, participam os estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

Meta de 2021: campeonato brasileiro 

Segundo a professora Júlia, diferente do nacional, o campeonato brasileiro é onde está a elite da ginástica do país. “Este ano queremos participar do brasileiro. Será a nossa primeira vez. Eu vou levar a Julia Martins e mais quatro ginastas do juvenil”, revela. 

Benefícios da ginástica rítmica

Além de contribuir para uma melhor qualidade de vida, a ginástica rítmica também auxilia na questão social, flexibilidade e disciplina. “A flexibilidade na fase adulta idosa é algo muito benéfico e que faz muita falta. O diferencial mesmo é saber trabalhar em grupo. Esse esporte é em equipe, mas disputado individual. Elas competem umas contra as outras e, mesmo assim, torcem pelas colegas”, argumenta Júlia Bitencourt. 

Duas vezes medalhista no campeonato nacional

Julia Martins tem 19 anos, pratica a ginástica rítmica há 10 anos e já foi duas vezes medalhista no campeonato nacional. O destaque de Julia foi tanto que hoje, ela é uma das professoras da escolinha de ginástica rítmica. “Começou a chegar muita menina e a minha técnica me ofereceu a vaga para dar aula. Eu tenho duas turmas cheias e eu consigo aprender e ensinar ao mesmo tempo”, conta. 
Na família de Julia, a fruta não caiu longe do pé. Tanto seu pai, quanto sua mãe, são formados em Educação Física. “A gente acompanha a Julia desde criança. Sempre fomos em todas as competições, mas como ela lia muito, achávamos que ela faria Direito. Mas não teve jeito. Ela foi para a Educação Física e está fazendo o que gosta. Isso que importa”, comemora sua mãe, Susana Martins.


 

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