O março de 1974 foi com calor excessivo que logo deu início a fortes chuvas no Sul de Santa Catarina. A partir do dia 22 daquele mês, as precipitações se tornaram mais intensas nos costões da serra, fazendo com que o nível do Rio Tubarão subisse. A Vila Presidente Médici, a Comasa, foi a primeira comunidade do município a ser atingida. Outros bairros também começavam a sentir os efeitos das águas deixando diversos desabrigados. A situação persistiu durante todo o dia 23. A ponte pênsil, localizada em frente à Unisul, foi levada pelas águas. No dia 24 o nível do rio havia se estabilizado e muitas pessoas acabaram retornando para suas residências acreditando que tudo havia acabado. No entanto, no mesmo dia a chuva retornou com ainda mais intensidade, quando muitas pessoas que dormiam acordaram com a água entrando em suas casas.
A enchente causou pânico em toda a população de Tubarão, até mesmo em quem não foi atingido pelas águas. O medo da reconstrução ocasionado pelo desânimo, pelas lamentações, pelas perdas e a falta de perspectivas de recomeçar, tomou conta de toda a população. Várias pessoas se sentiram acuadas e amarradas ao pessimismo de que nada mais seria possível em Tubarão. Muitos moradores abandonaram a cidade em direção aos municípios vizinhos e outros persistiram mesmo em meio a catástrofe.
Além de Tubarão, a enchente de 24 de março de 1974 atingiu cidades como Criciúma, Orleans, Lauro Müller, entre outras.
Em Criciúma, por exemplo, o centro ficou alagado, alguns bairros foram cobertos pelas águas e quinhentas pessoas ficaram desabrigadas, na última semana de março de 1974. A rede de comunicação foi cortada e a única forma de as pessoas se comunicarem era através das emissoras de rádio. A BR 101, principal ligação terrestre, ficou interditada por quatro dias.
*Fonte: Prefeitura de Tubarão.