Depois de empatar fora de casa contra o Criciúma por 1 a 1, neste sábado (27), o técnico do Figueirense, Hemerson Maria, falou sobre a situação financeira que o clube está passando. Segundo ele, está faltando representatividade junto a CBF e os jogadores poderão não disputar a próxima rodada, que será na terça-feira (30), contra o Vitória, no Orlando Scarpelli.
"Amanhã nós não vamos fazer o treinamento, corre o risco do Figueirense não entrar em campo na terça-feira. Parece que a gente tá blefando, houve situações, olhamos o que vai penalizar o clube. É um grupo de atletas, de homens honrados e não estamos pensando só no dinheiro. Temos funcionários que recebem pouco, temos meninos da base que não recebem faz 11 meses", afirmou.
Para o treinador, mesmo com a falta de pagamentos a equipe continua mostrando um desempenho digno, perto da zona de acesso para a Série A. Citou que o time entrou em campo contra o Criciúma por respeito aos torcedores que viriam para o Heriberto Hülse, mas que nas próximas rodadas a situação pode mudar. Falou ainda sobre uma reunião na sexta-feira (26).
"Ontem por 10 minutos eu conversei com os atletas, corria um risco do Figueirense não entrar em campo hoje, mas em respeito aos torcedores que vieram aqui hoje e aos que ficaram em Florianópolis, foi feito uma promessa, para 50 pessoas em uma sala e ela simplesmente não foi cumprida, para mim, que sou o comandante, não deram uma satisfação", revelou.
Em relação a falta de representatividade, reclamou do horário dos jogos. "O Figueirense hoje não tem representatividade nenhuma. Eu esperei passar o jogo para falar. Foi a 12ª rodada e é o nosso quarto jogo às 11h, a equipe que mais jogou às 11h, jogou duas vezes e tem equipe que nem jogou às 11h", frisou Maria.