Hospitais sofrem com a escassez de insumos para o tratamento de pacientes de Covid-19. Todos os dias, as direções das unidades lutam para não deixar faltar. Mas se não bastasse a alta procura devido ao aumento de casos, eles enfrentam também a elevação do preço. “Por exemplo, um medicamento que pagávamos R$ 16 a R$ 18, hoje tem oferta no mercado a R$ 160.
E diversos outros insumos, vimos itens com mais de 550% de aumento do pré-pandemia para o pós-pandemia. Nem um artigo hospitalar deixou de subir. Todos tiveram aumentos e alguns muito abusivos quando em falta no mercado”, comenta o diretor do Hospital São José (HSJ), de Criciúma, Raphael Elias Farias.
Na última semana, a direção do hospital comunicou os gestores e o Ministério Público de Santa Catarina (MSC) sobre a preocupação com o baixo estoque de medicamentos necessários para o tratamento de pacientes com Covid-19.
Farias, o maior problema gira em torno dos relaxantes musculares, utilizado em pacientes que precisam ser intubados. “Os fornecedores e a própria indústria que produz estes medicamentos não confirmaram a entrega dos pedidos e isso nos gerou preocupação, visto o consumo dos últimos dias está muito alto. Mesmo como os picos anteriores,sempre tivemos um estoque para mais de um mês e nos últimos dois meses as indústrias não estão garantindo a entrega conforme os nosso pedidos”, fala.