Após a confirmação no fim de março da primeira morte por febre amarela em Santa Catarina, foram intensificadas as vacinações. A determinação agora é de que sejam aplicadas doses nos moradores de regiões que ficam em raios de 500 metros de matas. Em entrevista ao Jornal das Nove, o gerente Regional de Saúde de Criciúma, Fernando de Faveri, falou sobre as medidas.
“Veio essa orientação para intensificar a vacinação nas pessoas que moram em regiões de matas. Na sexta-feira reunimos os secretários de saúde para ver como trataremos essa questão e a partir de hoje vai ser intensificada. As equipes dos 12 municípios estão prontas e faremos as visitas in loco”, explicou.
Faveri lembrou que a morte de macacos serve como um alerta para a presença do mosquito na região. Os macacos não transmitem a doença para humanos e são infectados porque vivem em matas. Na região um macaco foi atropelado e morreu, algo que não é comum, sendo este um indicativo da febre amarela. Citou ainda que a conscientização é importante.
“Nós temos uma baixa taxa vacinal, o vírus vem descendo pelas matas da nossa região. A única maneira de se prevenir é pelas vacinas. Até o momento aqui na Amrec foram vacinadas apenas 130 mil. Se houver um surto não teremos leitos hospitalares suficientes, é importante fazer a vacina, a população precisa ser responsável”, afirmou.
Segundo o gerente de Saúde, faltam 190 mil pessoas a serem vacinadas na região. Uma questão que tem preocupado é relacionada a fake news e outra é ligada aos novos pais, que para ele, não presenciaram doenças antigas que causavam mortes e depois foram erradicadas. Por enquanto foram 26 suspeitas no estado e um caso confirmado, onde a pessoa morreu seis dias depois do diagnóstico.
Confira a entrevista na íntegra: