Já aprendemos a envelhecer? 

Em outubro é comemorado o mês do idoso, e nesta segunda-feira (30), a Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc) irá realizar uma conversa com o tema “O novo envelhecer – Como trabalhar e empreender com as novas paisagens”, com a psicóloga e escritora, Maria Celia Abreu, o evento está marcado para às 14h, no Centro de Convivência da Terceira Idade.

“O velho hoje existe numericamente. Meu pai morreu com 68 anos e não era novo para isso, eu tenho 73 e ainda imagino um longo caminho. A gente não conhecia o velho, porque não existia. Agora que está intensificando o interesse”, destacou.

Ainda existem muitos preconceitos com as pessoas de mais idade, de acordo com a psicóloga, isso dificulta o convívio com estes grupos. Ela opta pelo termo velho, deixando de lado idoso ou terceira idade.

“Você cria falsas crenças, os preconceitos. Por exemplo, velho não aprende, velho não é feliz, e isso não é verdade. Existe uma desvalorização, talvez por estamos em uma sociedade de capitalismo onde é valorizado o que se produz, o velho não produz tanto ou não produz, é um conceito que deve ser revisto”, explicou Maria Celia.

Outro problema acontece após a aposentadoria formal. Até mesmo as telenovelas passaram por mudanças, com os velhos sendo retratados de uma nova maneira, não mais como pessoas no fim da vida.

“Você tem que ter mais de uma carreira para mudar de profissão. Se aposenta mas não vai ficar parado. É importante tirar da cabeça da gente os preconceitos, aposentado não é parado. Viver bem é explorar ao máximo suas potencialidades até o fim da vida”, completou.