O juiz Roque Lopedote, da 2ª Vara da Comarca de Urussanga, indeferiu nesta tarde mais um pedido de liberdade a dois investigados na Operação Hefesto. Eles foram denunciados e estão presos na ação que apura crime de organização criminosa e de crimes contra as relações de consumo e o meio ambiente.
Na decisão, o magistrado explica que a atividade criminosa supostamente cometida pelos acusados tem efeito pernicioso para a sociedade do local e é de extrema gravidade.
“Assim, o periculum libertatis está evidenciado pela necessidade de acautelar a ordem pública, diante do risco de reiteração criminosa, face o indicativo da existência de organização criminosa, bem como em decorrência da gravidade concreta da conduta supostamente perpetrada, que põe em risco a saúde e a vida de diversas pessoas do Município de Morro da Fumaça e região e porque fatos semelhantes já foram investigados, conforme caderno indiciários constante nos autos da busca e apreensão”, destaca o juiz.
Ele acrescenta que “predicados pessoais positivos, como emprego lícito ou família constituída, ou mesmo prognoses sobre a pena aplicada, não afastam o cabimento da prisão quando configurados, em concreto, os requisitos da custódia”. Mais adiante, Lopedote faz questão de frisar que “a liberdade dos conduzidos transmite à sociedade a sensação de insegurança e impunidade, afetando a própria credibilidade da Justiça”, finaliza.
A Operação Hefesto foi desencadeada no dia 16 de setembro em sua primeira fase, e no início de outubro na segunda fase. Seis pessoas estão presas preventivamente em regime fechado, e três em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico. As investigações são conduzidas pela Polícia Civil por meio dos delegados Ulisses Gabriel e Márcio Campos Neves.